SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE: O CORAÇÃO DE JESUS QUER REINAR EM TODOS OS CORAÇÕES
O Sagrado Coração de Jesus, Santa Margarida Maria, S. João Evangelista, Santa Maria Madalena, Santa Teresa d'Ávila, São Francisco de Assis e S. Domingos de Gusmão |
Se o Coração de Cristo
se revelou de modo todo particular a Santa Margarida Maria, foi menos
por causa dela do que pela salvação das almas:
“O Sagrado Coração
fez-me compreender… que as mercês que ele me faria não seriam
tanto por mim como para os que ele me haveria de enviar”
[C. 5].
E
à irmã Joly, de Dijon:
“O adorável Coração
de Jesus quer estabelecer seu reino de amor em todos os corações,
destruir e arruinar o de Satanás. Parece-me que o deseja tanto que
promete grandes recompensas aos que de bom grado se dedicarem a isso
de todo coração, segundo a capacidade e as luzes que lhes der”
[C. 118]. Foi o que, de resto, Cristo lhe declarou na primeira
aparição: “É preciso que meu Coração difunda por
meio de ti as chamas de sua ardente caridade e se manifeste aos
homens para enriquecê-los com seus preciosos tesouros… que contêm
as graças santificantes e salutares para retirá-los do abismo da
perdição” [A. 53]. Tal é “o
esforço de seu amor”… para
“favorecer os homens, nesses últimos séculos, com sua
redenção amorosa” [C. 133].
Dessa
forma, pelo culto do Coração de Jesus, propõe-se a salvação a
todos os homens, primeiro aos pecadores, aos que Satanás “precipita
aos montes no caminho da perdição”
[C. 133]. É mister, pois, “retirar as almas do caminho
da perdição eterna” [C. 97,
100, 102, 131, 132, 133] e as “colocar no caminho da
salvação” [C. 131, 132].
Mas
também são convidadas a honrar particularmente o Coração de
Cristo as comunidades – famílias naturais e famílias religiosas
–, para que este Coração lhes traga uma “proteção
particular de amor e de união”
[C. 52]. Este divino Coração “trará todos os corações
unidos para fazer deles um com o dele”
[C. 131]. Destas comunidades afastará os golpes da justa cólera de
Deus, pondo-as em graça, se pelo pecado decaíram da caridade [C.
35, 36, 131].
Enfim,
são chamadas a uma devoção toda especial ao Coração de Jesus as
almas escolhidas por Deus, consagradas a seu serviço e glória, para
que sejam fieis à sua vocação e atinjam uma alta perfeição. “Se
desejais… chegar à perfeição que ele deseja de vós,
escreve Santa Margarida Maria à madre Soudeilles, é
preciso que façais de vós mesmas um inteiro sacrifício para o seu
sagrado Coração… sem reserva, para não querer mais nada senão
pela vontade deste amável Coração, nada amar senão através de
suas afeições, não agindo senão por suas luzes, jamais
empreendendo nada sem primeiro pedir-lhe auxílio, dando-lhe a glória
de tudo e até mesmo rendendo-lhe ação de graças tanto nos maus
como nos bons sucessos de nossos trabalhos, sempre contentes, sem nos
perturbar em nada; contanto que esse divino Coração esteja
contente, seja amado e glorificado, isto deve bastar-nos”
[C. 28].
“Não vos
considerareis mais do que coisa que pertence e depende do adorável
Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, recorrendo a ele em todas as
vossas necessidades e estabelecendo ali vossa morada, quanto vos for
possível. Ele reparará o que possa haver de imperfeito em vossas
ações e santificará as boas, se vos unis em tudo a seus desígnios…
para lograr para si muita glória por vosso meio, caso o deixes
agir” [C. 28].
Tais
são os que mais particularmente são chamados a viver com o Coração
de Cristo, para “honrá-lo, amá-lo e glorificá-lo”,
segundo a expressão de Santa Margarida Maria [C. 86, 92, 59, 133].
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FONTE:
LADAME, Jean. “Doutrina e Espiritualidade de Santa Margarida
Maria”, tradução de Pe. Artur Schwab, SVD, Edições Loyola, São
Paulo/2017, pp. 83-84.
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