«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

sexta-feira, 17 de maio de 2019


SÃO BERNARDO DE CLARAVAL, O POETA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS*




São Bernardo, esta alma tão terna e afetuosa para com Jesus Cristo, não podia deixar de ter devoção particular ao Coração de Jesus. Também ele nos deixou sobre este Coração adorável palavras tão belas, que não podemos furtar-nos ao prazer de citá-las:

Pois que, diz ele, chegamos ao Coração dulcíssimo de Jesus e é bom ficarmos Nele, não nos deixemos facilmente arrancar, porque Dele é que está escrito: Aqueles que de vós se separam, terão seu nome traçado na poeira, que um ligeiro sopro faz desaparecer.

Mas qual será a sorte dos que se aproximarem? Ensinai-nos Vós mesmo, ó bom Salvador. Àqueles que a Vós se chegavam dizeis: Regozijai-vos, porque vossos nomes estão escritos no Céu. Nós então nos aproximamos de Vós, a fim de nos rejubilarmos com a lembrança de vosso Coração. Oh! Quanto é bom, quanto é doce morrer neste Coração! Oh! Que rico tesouro é vosso Coração, ó Jesus! Darei tudo o que tenho, meus pensamentos e meus afetos, para O adquirir, lançando todas as minhas inquietações no Coração do meu Senhor Jesus, que me nutrirá e me assistirá em todas as minhas necessidades. Neste Templo, neste Santo dos santos, diante desta Arca do testamento, adorarei e louvarei o Nome do Senhor, dizendo com Davi: Achei meu coração para rogar a meu Deus. Eu também achei o Coração de meu Rei, de meu Irmão, de meu terno Amigo Jesus. E com este Coração, ouso dizê-lo, é meu, porque se Jesus Cristo é minha cabeça, como o que é de minha cabeça, não seria também meu? Da mesma sorte que os olhos da minha cabeça são verdadeiramente meus, assim este Coração espiritual é meu coração. Que felicidade para mim! Eu, pois, possuo um só Coração com Jesus. E não nos admiremos, pois São Lucas nos diz que os primeiros cristãos não tinham senão um coração. Tendo então achado vosso Coração que é também o meu, a Vós, amável Jesus que Sois meu Deus, humildemente rogarei. Permiti somente que minhas súplicas sejam admitidas nesse Santuário para serem ouvidas, ou antes, atraí-me todo para o vosso Coração. Ó Vós, que Sois o mais belo dos filhos dos homens, lavai-me cada vez mais de minhas iniquidades, a fim de que mereça habitar todos os dias de minha vida no vosso Coração. Vosso lado foi aberto para que possamos ter entrada livre em vosso Coração, e Nele habitarmos abrigados das agitações do mundo. Vosso Coração foi ferido, para que esta Chaga visível nos revelasse a Chaga invisível do amor. Quem então poderá não amar um Coração assim ferido? Quem poderá não pagar amor com amor?

Esta bela passagem mostra a evidência, quanto o santo abade de Claraval amava o Coração de Jesus. Sente-se que ele procura repetir muitas vezes a palavra Coração de Jesus, a fim de saborear-lhe toda a doçura, fazer penetrar mais profundamente na alma de seus piedosos ouvintes a terna devoção de que vivia cheio.





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* O Sagrado Coração de Jesus segundo Santo Afonso de Ligório”, 1ª Parte, Undécimo Dia, pp. 71-77; tradução portuguesa feita da 83ª edição pelo Exmo. Rev. sr. D. Joaquim Silvério de Souza, 5ª edição, Tipografia de Frederico Pustet, Ratisbona, 1926.




FONTE: blog Cum Petro Semper

sexta-feira, 10 de maio de 2019


PEQUENO OFÍCIO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




Um pouco de história: O Pequeno Ofício foi publicado pela primeira vez em 1.691 no famoso livro do Padre Croiset «Devoção ao Sagrado Coração». Completado pelo Padre Gallifet e retocado por outros, foi aprovado a 26 de fevereiro de 1901 por Sua Santidade Leão XIII, depois do parecer favorável da Sagrada Congregação dos Ritos.

Promessas: Os fiéis que rezarem devotamente o Pequeno Ofício do Sacratíssimo Coração de JESUS lucram: - Indulgência Parcial (antigamente 7 anos) pela recitação; ou - Indulgência Plenária, nas condições costumeiras, contanto que o tenham recitado cada dia, durante o espaço de um mês (Preces et Pia Opera nº 212). Para isto, as condições ordinárias são: confissão, comunhão e visita a uma igreja ou oratório público.

MATINAS

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima* até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Ó Coração de eterna estância e júbilo,
de glória paternal resplandecente,
de nossa carne revestindo o invólucro
para ser um vítima clemente.

JESUS, dos corações santo deleite,
deixa meu coração em chama ardente,
para do Vosso encher os Tabernáculos,
de adorações prestadas dignamente!

Coração carinhoso, amabilíssimo,
por nosso amor tornado incandescente.
Por nosso amor desfalecido, aplaca-Vos,
ó Coração de mim compadecente.

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, obedientíssimo à Vontade do Eterno PAI, inclinai para Vós os nossos corações, para que sempre façamos o que for do Seu agrado.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

LAUDES

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Coração de JESUS trono do Altíssimo,
Foste de um sangue puro procriado,
nas entranhas virgínias [de Maria]
por virtude do Espírito Sagrado.

Em Vós pôs a TRINDADE a Sua Glória,
e a Sua complacência o PAI superno,
unido ao FILHO, o ESPÍRITO [Paráclito]
[suave] em Vós repousa eterno.

Vós sois a salvação do mundo náufrago,
e a Paz [a todos] nos asseguras.
De castos corações, firme refúgio,
asilo d'almas puras.

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, tão sequioso da nossa salvação, fazei que nossos corações voltem a si mesmos, para não morrermos nos nossos pecados.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

PRIMA

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos a socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Ó Coração de amor posto em provança,
do Céu perene encanto,
alívio nosso, tanto,
tanto quanto nossa única esperança.

Por Vossa enorme Chaga descoberta,
Amor nos deu acesso;
deixando a porta aberta,
Amor, insta conosco para o ingresso.

Oh! Nos recessos íntimos conservas,
todos que ali chegarem,
e ao Sangue se lavarem,
das Vossas veias rotas sem reservas!

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, modelo perfeitíssimo de pureza, fazei-nos limpos de coração, para merecermos ser achados semelhantes a Vós.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

TÉRCIA

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Coração, que do Amor, traz a ferida,
também de amor o nosso vem rasgar.
Néctar do Céu que comunica a vida,
vem nos inebriar.

Por um mistério novo, DEUS consente,
que encha, Seu Sangue, o cálice do altar,
que Sua Carne, em Pão, nos alimente,
num banquete sem par!

Aquele a quem os Anjos, prosternados,
sob um místico véu soem adorar,
de DEUS esconde a face, e a escravizados,
nutrição nos quer dar.

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, cheio de mansidão para com Vossos inimigos, fazei que reine a Vossa paz em nossos corações, e que cordialmente perdoemos aos que nos perseguem e caluniam.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

SEXTA

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Ó Coração, altar que sobreleva
o Céu e a terra, e o mar também excede,
a DEUS jamais se eleva
a Hóstia que, de Vós longe, intercede.

Em Vós, como a brotar da própria essência,
surge o bando sagrado
das virtudes, que guardam, lado a lado
a cândida inocência.

Descem de Vós as leis que, soberanas
o mundo regem; Vós sois a nascente [ó nascente]
cujas ondas estão, perenemente,
de graças inebriando almas humanas.

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, acabrunhado de aflição pelos nossos pecados, dai-nos um coração contrito e humilhado, para que façamos frutos dignos de penitência.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO
Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

NOA

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Ó Coração que, puro, o Sol ofusca.
Templo melhor que os Céus,
onde o Verbo de DEUS, sacrário, busca
e que toda resume a Obra de DEUS.

As Vossas oblações, oh! tanto valem,
que o Eterno PAI não pode as recusar!
Pois, meritórias, todas equivalem
ao prêmio que do PAI vão granjear!

Se DEUS, vingando ofensas, irritado,
tem de os crimes punir,
ao reparar em Vós, ei-Lo aplacado,
suspenso o raio, prestes a cair.

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, que tanto amastes a pobreza, uni-Vos como um selo, conosco, para que em Vós, como em Seu único tesouro, esteja o nosso coração.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

VÉSPERAS

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Oh! Coração, que sois vítima divina,
Sacratíssimo altar,
onde, Hóstia suplicante que Se inclina,
vens as culpas humanas expiar.

Ninho em que a rolinha geme, pasto eleito,
que as pombas bem comer.
Jardim em flores refulgente, leito
em que descansa a esposa a adormecer.

Em Vós, os castos lírios rescendem
aromas virginais
e na fronte dos mártires acendem,
rubor ardente as rosas eternais.

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó Sagrado Coração de JESUS, rico de beneficência para os que Vos amam, fazei que por Vós anele a nossa carne e o nosso coração, de modo que sejais Vós o amor dos nossos corações e o nosso quinhão por toda a eternidade.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

COMPLETAS

V. Senhor, abri os meus lábios.
R. E minha língua anunciará os Vossos louvores.

V. Ó DEUS, vinde em meu auxílio.
R. Senhor, apressai-Vos em socorrer-me.

V. Glória ao PAI e ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Amém. Aleluia. (Desde a Septuagésima até a Páscoa, em vez do Aleluia, diz-se: Louvado sejais, Senhor, Rei da eterna Glória)

V. Coração de JESUS, que ardeis de Amor por nós.
R. Inflamai nossos corações no Vosso Amor.

HINO

Ó Coração de Mãe, extasiado!
Do Filho, ao Coração,
num ímpeto de amor arrebatado,
Eis-te em adoração...

Num vínculo de Amor, ainda os prende
nova chama de Amor!
E em chama, cresce a chama, e mais se acende
das chamas o fervor.

[Agora que no Céu foste elevada
acima dos Coros Celestiais,
ó Rainha do Universo, atende os rogos
suplicantes, dos filhos, pobres mortais.]

Coração de JESUS, mel suavíssimo,
que tens tanta afeição à alma inocente,
e tanto amor aos corações sem mácula,
venha a nós o Vosso Reino eternamente!

Antífona: Ó vítima da caridade, Coração amantíssimo de JESUS, por nossos pecados imolado, pela ingratidão dos homens desprezado e aflito, convertei-nos, vivificai-nos e abrasai-nos em Vós.
V. Ó DEUS do meu coração, preparado está ele para fazer a Vossa Vontade.
R. Sim, meu DEUS, eu o quero, quero a Vossa lei [reinando] no íntimo do meu coração.

ORAÇÃO

Senhor JESUS, que por Vosso singular Amor à Vossa Esposa, a Santa Igreja, Vos dignastes revelar-lhe as inefáveis doçuras e riquezas do Vosso Coração; fazei que nós, servos Vossos, mereçamos enriquecer-nos e deleitar-nos com as graças celestes que desta dulcíssima fonte estão manando. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.



A.M.D.G.
Imprimi Potest
Flum. Ianuario, 8 dec. 1958.
Ex. comm. Emmi. Archiep. Flumin. Ian.
Pe. Josephus da Frota Gentil, S.J.

Hinos do Dr. Brasílio Machado





Obs.(da fonte): No Ofício, o que está entre [colchetes] foi acrescentado posteriormente.






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FONTE: blog Filhas de Maria Rosa Mística (texto revisto por nós)

*As Semanas da Septuagésima, da Sexagésima e da Quinquagésima, são as três semanas que antecedem o período da Quaresma, celebradas no Rito Tradicional ou Tridentino.

sexta-feira, 3 de maio de 2019


PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS DE MAIO, DEDICADA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS



MARIA E O SAGRADO CORAÇÃO

(Pe. Mateo Crawley-Boevey, SS.CC)



Jesus todo inteiro pertence a Maria, mas há algo em Jesus que é mais especialmente de sua Mãe: seu Coração.

O que São Francisco de Assis, Santa Gertrudes ou Santa Margarida Maria conheceram desse Coração adorável é apenas um átomo do sol radiante que foi o conhecimento íntimo com que a Virgem Maria penetrou nesse abismo de amor e de misericórdia.

Daí a semelhança prodigiosa, muito mais ainda que no físico, no moral, entre o Coração de Jesus e o de Maria. Porque, se na fisionomia de Jesus estavam seguramente muito marcados os traços de rara formosura da Virgem, que diremos das outras semelhanças, as dessas duas almas e dos seus sentimentos interiores? A este Filho-Deus, esta Mãe única!

Por isso, os dois títulos que para nós têm um significado e importância e sabor especialíssimos: 'Mãe do Belo Amor' e 'Mãe de Misericórdia'.

Mãe d’Aquele que é o Amor dos amores, d’Aquele que se define como Caridade e Amor. E foi Ele mesmo quem criou à sua imagem e semelhança a sua própria Mãe, a mais amante e amorosa de todas as criaturas, por se a que mais perfeitamente reproduz em seu Coração Imaculado o atributo por excelência do Senhor: a Caridade.

Toda a grandeza, toda a formosura, todo o poder e toda a fecundidade desta Filha e Mãe do Rei está no seu amor. E por isso Deus colocou n’Ela todas as suas complacências e depositou em seu Coração todos os seus tesouros, porque como nenhum outro ser criado, nenhum serafim ou santo, dilexit multum, “amou muito”.

Devia ser Imaculada por ser Mãe d’Aquele que é a Santidade substancial, e também porque devia amar com capacidade de amor que nenhum coração manchado pôde jamais ter ao dar-se a Deus. Amou, portanto, com plenitude de amor, porque pôde amar e amou com um Coração Imaculado.

Amou como criatura, a única perfeita, com amor perfeito; amou como Esposa, a eleita entre milhares, e como Virgem cuja integridade, realçada pelo milagre da fecundidade divina, centuplicara em Maria a potência de amor pelo seu Criador, convertido em Esposo divino e em Filho seu. Maria amou a Deus como Mãe, pois que o Verbo foi na realidade seu Filho, envolto nos panos da carne mortal. Que de incêndios não comunicaria o Filho à Mãe, pagando seus desvelos, seus beijos e ternuras com chamas de caridade abrasadora, infinita!

Daí seguiu-se para esse Coração virginal e materno, feito brasa viva de amor divino, aquela suavidade e doçura, piedade e misericórdia da Rainha: Mater misericordiae.

Chega o Senhor à terra, trazendo-nos na forma encantadora de Irmão nosso a benignidade do Pai celestial, o seu perdão.

Mas chegou até nós nos braços de uma criatura incomparável, mulher como nossas mães, mil vezes mais terna ainda que todas elas. Do berço do seu regaço, apoiado no Coração da Rainha, sorriu à terra, olhou-a com piedade infinita. Dos seus braços maternais, Jesus deu a primeira bênção ao mundo culpado, chorando já, nesse altar que era Maria, e oferecendo-se nele ao Pai, como Salvador de infinita misericórdia.

Ah! Como a Hóstia de misericórdia, Jesus, assim também trono e ara de misericórdia, Maria!

Quem jamais reproduziu como a Virgem a infinita compaixão do Coração de Jesus? Quem jamais melhor que Ela pregou e prodigalizou toda a doutrina do Amor misericordioso de Deus, encarnado não para julgar, mas para salvar?

Como deve ter dilacerado o Coração de Maria o grito de pânico e de gelo lançado pelo jansenismo! Como deve ter protestado com lágrimas de sangue, em união com a Igreja Católica, quando se esforçavam por fechar a ferida do lado, ou ao menos ocultá-la à caravana de almas débeis e pecadoras que a buscavam com afã, para asilo e farol, manancial e porto!

Ela, que sabia por que chorava o Menino, ainda tão pequeno, nos seus braços; Ela que sabia o motivo pelo qual sofreu o desterro do Egito; Ela, que sabia o porquê misterioso daqueles trinta anos de solidão, de humilhações e silêncio em Nazaré; Ela que, como ninguém, sabia o último porquê do prodígio de amor da Quinta-Feira Santa e de todas as ignomínias e dores da Sexta-Feira Santa; Ela que recebeu o Coração do Salvador e o da Igreja, ambos arcas de salvação e não tribunais de condenação… Ah! como deve ter desviado os olhos e fechado os seus ouvidos quando algum filho degenerado, de sobrolhos carregados, gesto inclemente e palavras destituídas de misericórdia, desfigurou ao seu Jesus!

Bebei, devotos do Divino Coração, bebei a sorvos largos, no Coração de Maria, a doutrina suave e forte do amor, a doutrina sólida, autêntica e tão consoladora da misericórdia. Aprendei na escola de Maria que ser bom com as almas, ser compassivo, ser misericordioso não é oh!, não! – nenhuma debilidade, nenhuma condescendência ridícula e indevida, mas o mais substancial, o mais forte e puro da farinha com a qual se engendra e forma a Jesus nas almas.

Em vossos momentos de filial intimidade com a Mãe do Belo Amor, suplicai-Lhe que infunda em vós, como fez a S. João Eudes, o verdadeiro espírito do amor e do apostolado do Coração de Jesus, aquele espírito que não se aprende nem se adquire em toda a sua pureza senão nessa escola do Puríssimo Coração de Maria.

Por isso encontrareis sempre nos grandes servidores da Rainha, como São Grignon de Montfort e o S. Antônio Claret, aliada à santa intransigência de princípios, aquela unção, aquela ternura apostólica, aquela imensa compaixão e indulgência que aprenderam sem dúvida, dos lábios de Maria. Por isso comoveram o mundo das almas, por isso foram os mensageiros vitoriosos do Evangelho e os renovadores providenciais, na sua época, do verdadeiro espírito cristão. (…)




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