«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

sexta-feira, 12 de março de 2021

REPARAÇÃO (AO CORAÇÃO DE JESUS) EM FORMA DE LADAINHA DE SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO + 1

(imagem: Diário Católico)

Dulcíssimo Salvador Jesus, que na Eucaristia não cessais de derramar sobre as almas os inefáveis tesouros do vosso Coração, e por estes benefícios continuados não recebeis as mais das vezes senão frieza, indiferença ou criminosa ingratidão, vede aos vossos pés corações que no vosso reunistes e enchestes dos vossos benefícios. Ó dulcíssimo Jesus, penetrados de reconhecimento por tantas graças e de pesar por tantas ingratidões, quiséramos neste momento fazer um ato de solene reparação. Atendei, pois, ó amável Salvador das nossas almas, atendei a estes acentos da nossa fé e mui legítima dor:

Pelas nossas irreverências no lugar santo, perdão e reparação honorífica. (repete-se a cada invocação que segue)

Pelas dissipações do nosso espírito e coração durante os santos mistérios,

Pela nossa pouca preparação para a recepção do Sacramento do vosso amor,

Pelas nossas paupérrimas ações de graças,

Pela nossa pouca correspondência aos vossos contínuos favores,

Pelos nossos pecados de sensualidade e orgulho,

Por todas as nossas negligências e tibiezas para com o vosso amante Coração,

Pelos maus exemplos que temos dado,

Pelos pecados de que temos sido causa ou ocasião,

Pela nossa indigna frieza aos pés dos vossos altares,

Por todos os pecados da nossa vida passada, Pelas blasfêmias proferidas contra vós e a vossa augusta Mãe,

Pelas deploráveis mentiras da heresia,

Pelos criminosos desertores do vosso culto,

Pelos indignos profanadores do vosso santo dia e do vosso santo Nome,

Pelos audaciosos espoliadores dos vossos templos e altares,

Por todos os revoltantes sacrilégios e comunhões indignas e tíbias da terra,

Por todas as outras profanações do vosso sacramento de amor,

Pelos desgraçados instrumentos do inferno na propaganda do mal,

Pelos ultrajes que vos têm feito os corações que mais deviam consolar o vosso Coração,

Pelos bárbaros perseguidores da vossa Igreja e santos no mundo inteiro,

Ó Amor abandonado, o nosso desejo é, se possível fosse, vos oferecer uma reparação que igualasse todos estes ultrajes, e ações de graça em relação com os vossos benefícios. Vós, que ledes nos nossos corações, vede os nossos desejos e insuficiência, e acolhei, em compensação de todas as amarguras que saciaram o vosso amável Coração, todos os transportes dos vossos anjos, todas as expiações dos vossos mártires, todos os gemidos das almas fervorosas, todas as lágrimas dos vossos santos e particularmente todas as orações da vossa augusta Mãe. Sede vós mesmo, ó Sagrado Coração de. Jesus, o nosso onipotente reparador junto da Trindade Santa, a luz, fôrça, asilo dos nossos corações neste mundo, e, após os dolorosos combates da terra, o nosso tesouro inefável e a nossa eterna felicidade no céu. Assim seja.

(imagem: blog Sacra Galeria)

ORAÇÃO (AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS) PARA SE FAZER NAS PENAS

Só vós, ó Clementíssimo Jesus, sois a nossa salvação, a nossa vida e a nossa ressurreição. Suplicamo-vos não nos abandoneis nas nossas agonias e tribulações, mas pela agonia do vosso Coração santíssimo e pelas dores de vossa Mãe Imaculada, vinde em socorro dos vossos servos que resgatastes com o vosso sangue precioso.

Onipotente Deus, que permitis o mal para dele tirardes o bem, escutai as humildes súplicas pelas quais vos pedimos a graça de vos sermos fiéis até à morte. E dai-nos, pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, a força de podermos sempre nos conformar à vossa santíssima vontade.


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FONTE: livro As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e traduzidas para o português por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes/1961, “Devoção a N. S. Jesus Cristo”, pp. 436-438 – Texto revisto e atualizado

sexta-feira, 5 de março de 2021

PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS DE MARÇO DEDICADA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

REFLEXÕES SOBRE O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Que é o Coração de Jesus? É, naturalmente, um coração vivo que palpita no peito Sagrado do Divino Salvador; um coração formado pela operação onipotente e sapientíssima do Divino Espírito Santo, no claustro virginal da Santíssima Virgem e, em consequência, tendo toda a perfeição física que ele pode comportar; um coração vivificado pela maior alma, a mais pura, a mais santa, a mais divina que jamais tenha existido; um coração que da chaga nele aberta pela lança de Longino deixou correr água e sangue, fonte fecunda de nossa vida espiritual e de nossa salvação.

Ter-se-ão realçado aqui todas as belezas desse Sagrado Coração? Não!

O Coração de Jesus não é, como os nossos, um coração de simples criatura. É o Coração de Deus, digno, por isso mesmo, de todas as homenagens e de toda a adoração que não devemos e não prestamos senão a Deus.

Eis aí privilégios do Sagrado Coração que o elevam acima de todos os outros corações e também de todos os objetos que, como a Cruz, a manjedoura, os cravos e a coroa de espinhos, foram santificados pelo contato direto que tiveram com o Homem-Deus. Com efeito, por mais caros e veneráveis que todos eles sejam para a piedade dos fiéis, sua existência não se confunde com a própria pessoa do Redentor, como é o caso do Sagrado Coração.

Esse Coração vivo de Nosso Senhor é o emblema, o símbolo, não de um amor indeterminado, mas do próprio amor de Jesus, inteiramente conforme à sua natureza humana como à sua natureza divina. Jamais se verá em alguém um coração tão sensível à influência de todos os afetos da alma. Nosso Senhor é o homem perfeito e, portanto, n'Ele há uma perfeita harmonia entre os seus afetos e os sentimentos de seu Coração.

Em cada um de nós, os movimentos da vontade podem não ter senão uma repercussão imperceptível no coração, porque nossa parte sensível o submete, não raro, a impressões contrárias e mais vivas. Em Nosso Senhor, não. N'Ele tudo é ordem, e essas oposições deploráveis, entre o sentir e o querer não existem. E um coração reto, puro, imaculado, divino, e todos os sentimentos que aí têm lugar são santos e santificadores:

Eu te farei ler no livro do amor de meu Coração”, disse um dia o Divino Mestre à confidente de seu Sagrado Coração, Santa Margarida Maria Alacoque. E nunca –– talvez no Céu –– conseguiremos ler tudo quanto está escrito nesse divino livro.

Postal do Sagrado Coração

A representação do Sagrado Coração de Jesus

O Sagrado Coração é normalmente representado com a cruz, as chamas, a coroa de espinhos, acrescentada a chaga nele aberta por Longino. Recordemos o que Santa Margarida Maria conta, ela mesma, em carta dirigida ao Padre RolIin, seu confessor, em 1674:

No dia de São João Evangelista, após ter recebido de meu Divino Salvador uma graça mais ou menos parecida à que recebeu na noite da Ceia este discípulo bem-amado, o Divino Coração me foi representado como um trono de fogo e de chamas, radiante de todos os lados, mais brilhante que o sol e transparente como um cristal. A chaga que ele recebeu sobre a cruz aparecia aí visivelmente. Uma coroa de espinhos envolvia esse Sagrado Coração, e uma cruz o encimava.

Meu Divino Salvador fez-me conhecer que esses instrumentos de sua Paixão significavam que o amor imenso dele para com os homens tinha sido a fonte de todos os sofrimentos e de todas as humilhações que Ele quis sofrer por nós, que, desde o primeiro instante de sua Encarnação, todos esses tormentos e desprezos Lhe estavam presentes, e que desde esse primeiro momento, por assim dizer, essa cruz lhe foi plantada no Coração; que Ele aceitou, desde então, para nos testemunhar seu amor, todas as humilhações, a pobreza, as dores que sua sagrada humanidade deveria sofrer durante toda sua vida mortal.

O Imaculado Coração de Maria

Ao se tratar do Sagrado Coração de Jesus, a alma católica pede que se diga uma palavra a respeito do Imaculado Coração de Maria, pois o coração mais semelhante ao do Divino Mestre é precisamente o de sua Mãe Santíssima. Tão intimamente unidos, que São João Eudes nos ensina que podemos referir-nos a eles no singular, como se tratando de um só e mesmo Coração: “O Coração de Jesus e Maria”.

A esse propósito, Nosso Senhor, revelando-se à beata italiana Batista Varani (séc. XVI), assim se exprime:

O gládio mais perfurante que transpassou meu Coração foi o pensar na dor que os sofrimentos e a morte que padeci deveriam causar à minha pura e inocente Mãe! Porque ninguém compartilhava assim dolorosamente como Ela dos sofrimentos de seu Filho. Foi por essa razão que, com toda justiça, nós A exaltaremos nos Céus e A coroamos rainha dos anjos e dos homens. Como nesta terra ninguém sofreu tanto por Mim quanto esta Mãe querida, ninguém A igualará em glória. E porque foi Ela um outro Eu mesmo durante meus próprios sofrimentos, Ela é, no Céu, um outro Eu mesmo pelo poder e pela glória. Não Lhe falta senão a Divindade, da qual nenhuma criatura poderá participar (D. Guéranger, L’Année Liturgique, Maison Alfred et Fils, Tours, 1922).

O Sagrado Coração e o pecador

Esse Sagrado Coração representa, portanto, todo o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo por cada um de nós, todo o imenso sacrifício que Ele fez para nos resgatar e nos salvar. Ele nos criou e nos resgatou do pecado pela sua morte infinitamente preciosa. Como Homem-Deus, Ele conhecia todos os homens que haveriam de nascer, amando-os intensamente. De maneira que, considerando o pecado gravíssimo de algum deles, Ele diria: “Meu filho, 'você mediu o mal que fez? Para você eu quero o Céu e não o inferno. Farei um milagre na ordem da graça para que você se reabilite”.

Quis Ele, assim, que na consideração da intensidade desse amor, nós fôssemos tocados pela graça divina e mudássemos de vida. O que se compreende, porque um grande ato de bondade pode tocar os corações mais empedernidos e, dessa forma, obter conversões as mais brilhantes.

Se tivermos a suprema desventura de pecar, portanto de ofender a Deus, devemos imaginar esse Sagrado Coração, de “majestade infinita”, voltando-se para nós, cheio de bondade, e nos inquirindo: “Por que me fizeste isso? Que mal te fiz? Em que te contristei?” E deixarmo-nos, por assim dizer, precipitar nesse oceano de grandeza, de realeza, de superioridade infinita, que é o Sagrado Coração, do qual brota para cada um de nós uma fonte inexaurível de misericórdia, de afeto, de ternura, de perdão, que nos inunda e quebra nossa maldade.

E, comovidos dessa forma até nossas entranhas, não queiramos outra coisa senão nos arrepender e expiar nossos pecados, para amá-Lo cada vez mais e nos consumirmos em holocausto a Ele.

Sirvam estas considerações de motivação para revermos nossas almas e nossas vidas. Para implorarmos ao Sagrado Coração de Jesus o perdão pelos pecados de que não nos tenhamos arrependido suficientemente, pedindo ainda que, a rogos de Maria Santíssima, Ele nos proteja para evitarmos outros pecados. Tendo sempre presente a sublime lamentação de Nosso Senhor feita a Santa Margarida Maria: Eis este Coração que tanto amou os homens e por eles foi tão pouco amado.

Não, absolutamente não! Não sejamos destes que amam pouco, mais sim dos que amam muito, a ponto de renunciarmos a tudo e sofrermos tudo para segui-Lo.

Sagrado Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações –– tende piedade de nós!



NOTAS (da fonte):

* Leiam-se em Catolicismo as seguintes matérias sobre o Sagrado Coração de Jesus, de autoria de Luis Carlos Azevedo: Revelações do Sagrado Coração de Jesus e a França, nº 403, julho/1984; Santa Margarida Maria Alacoque, a confidente do Sagrado Coração de Jesus, nº 498. junho/1992.

OBRA CONSULTADA: Pe.Jean-Baptiste Terrien SJ, La devoción au Sacré-Coeur de Jésus d'après les documents authentiques et la Théologie, Pe. Lethielleux. Libraire-Ed iteur. Paris, 1927.



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FONTE: Catolicismo.com.br - excertos de artigo publicado sob o título “Reflexões em torno da festa do Sagrado Coração de Jesus” - O título desta postagem é nosso e alguns destaques foram acrescidos.

quinta-feira, 4 de março de 2021

 HORA SANTA DO MÊS DE MARÇO

Coração de Jesus, Santíssimo Sacramento e o Espírito Santo (imagem: Aleteia).

HORA SANTA PRATICADA POR SANTA GEMMA GALGANI

Em sua Autobiografia e Diário lemos que Santa Gemma (1878-1903) fazia uma Hora Santa todas às quintas-feiras à noite, em honra de Nosso Senhor da Paixão e sofrimentos no jardim. Ela fez esta Hora Santa fielmente cada semana até a sua morte. Quanto a esta Hora Santa, Gemma escreve em sua autobiografia “Toda quinta-feira (noite) eu continuei a fazer a Hora Santa, mas às vezes aconteceu que rezava até 2h00 mesmo porque Jesus estava comigo, e quase sempre ele me mostrou o que o que Ele sentiu de dor no Jardim, a visão de muitos dos meus pecados e os de todo o mundo. Uma tristeza que pode muito bem ser comparada com a agonia da morte.”

HORA SANTA

Coloca-te, ó alma devota, na presença do seu amado Salvador e trazer à mente a noite em que Jesus, depois de ter instituído a Sagrada Eucaristia para ser o seu alimento, deixa o Cenáculo com seus Apóstolos para ir ao Jardim das Oliveiras, começa a Paixão pela qual ele salvou o mundo.

A tristeza de morte mostra-se sobre a fronte e revela-se nas palavras de Jesus aflito.

Uma mortal palidez em seu Rosto que brilhava, agora tinha uma

beleza celestial.

Entretanto, do aflito Salvador, Seu olhar recai sobre você, como se ele diria a você: Cara Alma, que é a causa de tanta angústia para mim, fica comigo, apenas uma hora, e verás se há alguma tristeza como a Minha tristeza”.

Sabemos que na noite da minha agonia eu procurei, em vão, um alívio para mim. Eu procurei o que seria um conforto e não achei nenhum”.

Oh! Adorável Jesus, como pode uma criatura tão ingrata, e tão duros de coração, para se recusar a passar uma hora em sua companhia, lembrando os mistérios da suprema dor e amor supremo realizado na obscuridade da noite de Sua Paixão, no Jardim do Getsêmani? Oh! Bom Jesus, eis-me presente perante vós. Dignais a revelar-me a grandeza de sua dor, o excesso de amor que o fez uma vítima de meus pecados e pelos pecados de todos os homens.

Redimidos, vinde ao Horto,

Vinde o sangue contemplar

Que Jesus, sem um conforto,

Ver-te ali pra nos salvar.


O Jesus, aos vossos braços.

Compungidos, nos tornamos.

Estreitai-nos com os laços

Que, pecando, nos quebramos.


Com Jesus aqui fiquemos,

Adorando, suplicando;

Hora breve aqui passemos,

Seu martírio relembrando.


PRIMEIROS QUINZE MINUTOS

A tristeza de Jesus

A minha alma está triste, mesmo até a morte! (Mt 26,38)

Não há realmente nenhum maior sofrimento do que o que pode ser comparada com a dor da morte. Agora, nosso Salvador, Quem é infalível Verdade, nos faz compreender o excesso de sofrimento que o oprimia, quando Ele entrou no Getsêmani, disse que sua alma estava sob o peso de uma mortal tristeza: que a angústia que estava n'Ele era tão grave que poderia causar sua morte “A minha alma está triste, mesmo até a morte!”.

E tendo dito isto, entra mais no jardim, até, chegar ao local onde ele estava acostumado a passar a noite em oração, Ele exorta seus apóstolos fiéis (quem tinha trazido com ele ao Jardim para que pudessem ser testemunhas de Seus sofrimentos) para vigiar e orar com

ele. Em seguida, retirou-se e entrou em uma gruta, Ele ajoelhou-se para começar a mais dolorosa e, ao mesmo tempo, cada vez mais generosa oração feita na terra.

O primeiro motivo para a tristeza de que Jesus era horrível, a acumulação de indignação e vergonha que em um curto espaço de tempo foi apoderando-se d'Ele como uma tempestade furiosa.

Na verdade, ele ainda não tinha deixado seus amados Apóstolos

quando compareceu perante Sua mente todas as terríveis cenas de dor e sangue de Sua Paixão iminente à traição por um de seus apóstolos, desonra, desprezo, calúnias. Aliás uma flagelação tão cruel que desnudou Seus ossos.

Mas isto não é suficiente. O Rei Sagrado devia ser atormentado por uma coroa de espinhos, e permanecer com ela até a morte. Além disso, golpes, saliva, escárnios.

Ainda não são o suficiente. Ele deve conter a infâmia de uma pessoa eleita para a condenação, e abominado pelos chefes do seu povo e por seu próprio povo.

Morrer, então, por causa de tanto sofrimento, ele deverá arrastar-se ao monte do sacrifício, com a cruz sobre o seu lacerados ombros, caindo várias vezes meio morto sob o seu enorme peso.

Ele deve beber o amargo fel.

Ser destratado no meio de uma multidão insolente.

Permitir-se ser pregado de pés e mãos.

Ao prazo de três longas horas sob os pregos de ferro, e aí permanecer, suspenso entre o céu e a terra, para expiar por dores indescritíveis as iniquidades da raça humana! No entanto, isto não é o suficiente.

Para esta terrível agonia deve ser adicionado a mais amarga zombaria, mais insultos e sarcasmos.

Depois uma sede que queima, aumentada mais pelo tormento do

vinagre.

O abandono por seu Pai. A imensa tristeza de sua amada Mãe.

Oh! Terrível e desolada morte! Almas resgatadas, adquiridas pelas cruéis dores de Jesus, seu Salvador considera-se esmagado em um abismo de sofrimento... e isso por amor a você, para te salvar, para trazer-te com Ele para o paraíso! Oprimido por tanta angústia Jesus volta aos três Apóstolos que Ele tinha pedido para assistir e orar, mas ele encontra-os a dormir! Não há uma palavra de conforto para Jesus agonizante.

Não há um sentimento de compaixão! Na amargura de seu abandono, seu olhar triste é para você, oh! devota alma, será que ele pode encontrar em seu coração um sentimento de compaixão e gratidão?

Você não tem palavras para o bom Jesus? O que você diria se estivesse perto d´Ele, na noite de Sua agonia? Ai! abra o seu coração e faça agora o que você teria feito, pois Ele sempre aceita com prazer a manifestação de carinho que vêm do coração dos Seus fiéis.

Medite em silêncio

Oferecimento:

Santo Pai, que amou o mundo, até mesmo ao ponto de sacrificar Seu Filho encarnado por isso, em nome de todos os redimidos agradeço-vos por este ato da Sua infinita caridade, oferecendo-lhe em troca a mais perfeita santidade e méritos do mesmo Filho unigênito.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Santo Pai, para salvar-nos da perdição eterna, colocou sobre a humanidade de seu adorável Filho unigênito a carga de todas as nossas iniquidades.

Eu ofereço a você a agonia de Jesus no Getsêmani, suplico a Vós concedei-me a graça de desfrutar na eternidade os frutos de seus indescritíveis tormentos.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Santo Pai, quem para reconciliar a humanidade culpada com a Sua Majestade ofendida, tens submetido Seu Filho inocente para aplacar os rigores da inexorável justiça, sobre os quais foram estabelecidas as dores merecidas pelos nossos pecados, eu lhe ofereço a mais adorável apresentação de Jesus no Getsêmani, e vos suplico concedei a conversão e a salvação de todos os pecadores.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Quanta angústia no jardim,

Se apodera do Senhor!

Quanto sofre, ó Céus, por mim

O meu terno Salvador!


Os meus olhos se umedecem

De divino, amargo pranto,

Vendo as almas que perecem,

Mesmo após padecer tanto.

SEGUNDO QUINZE MINUTOS

Jesus sofre angústias sob o peso da iniquidade humana.

Uma longa hora de angústia para Jesus se passou no meio da escuridão da noite e do abandono de seus amados discípulos.

A apreensão dos vívidos e cruéis ultrajes O aguarda e se espalha terror e medo em sua alma abençoada.

Ele já sente muito mais profundamente o enorme peso de Sua missão como Salvador do mundo.

Ele vê que o tempo de Sua imolação chegou.

O céu, a terra e o inferno já estão armados contra ele.

Ele deve sustentar uma grande batalha, em que todos os golpes vão ser arremessado contra ele sozinho.

O que faz Jesus? Pálido, tremendo, mas a Deus, ao Seu Pai humildemente exclama: “Pai, se possível, afaste esse cálice de mim.”

Qual será a resposta que o Filho recebe de Deus dessa humilde oração? O céu está fechado.

Não há resposta! Ele quer mesmo suportar esta dor de obter para nós humilde perseverança na oração, paciência e constância, embora céu pareça fechado para as nossas súplicas.

Ah, bom Jesus! Não há sofrimento que você não tenha sofrido para o nosso conforto e exemplo.

Mas siga o seu Jesus, oh! Minha alma, que, levado pelo amor, recebe mais e mais a tristeza.

A procissão terrível de todos os pecados, de todos os crimes dos filhos de Adão apresentar-se a sua mente e o seu coração lacerado.

Mas ele vê que ele tem de tomar sobre si esse repugnante fardo, e perante o mais puro olhar de seu Pai, coberto com a imundícia do pecado.

É impossível para a mente humana compreender ou sequer imaginar a horrível tortura que a abençoada e mais inocente alma de Jesus sofreu!

Ele já tinha lamentavelmente se queixaram, dizendo pela boca do profeta: “Os ímpios têm forjado nas Minhas costas!” Oh, como é o oprimido nosso querido Salvador sob o peso de tantos pecados!

Mas, certamente, o Divino Cordeiro Quem está prestes a imolar-se a Justiça Divina tantas vezes ofendida pelos homens, depois de satisfeitas as humanas iniquidade em sacrificar sua preciosa vida em uma armação de madeira para tirar os pecados do mundo, Ele não pode, pelo menos, esperar que homens reconhecendo assim uma grande dom, irão banir o pecado para sempre e permanecer sempre fieis a quem sofreu muito para salvá-los da morte eterna? Ah, pobre Jesus, que bom se fosse assim! Mas em vez disso. Uma imagem mais horrível do que o precedente aberto antes de sua mente. Ele vê que, mesmo depois de ter sido humanidade redimida por tanto sofrimento e de ter lavado a terra com o seu Sangue: mesmo depois de ter dado o Divino Espírito aos seus fiéis, e fazer da Terra um Paraíso de graça através da Eucaristia: ah! Mesmo depois de tantos excessos de caridade, Ele ainda vê pecado no mundo. Ele vê Sua santa lei espezinhada, Sua Igreja, e os ministros perseguidos, Sua graça negligenciada, Seu amor desprezado.

E chorando Ele diz: “O lucro tens no meu sangue? Por que deitar fora Meu Sangue? Por que morrer no meio da agonias de uma cruz de madeira, se homens, ingrato por tantos benefícios, irão mais tarde dar mais de si ao poder do demônio e para a perdição eterna? Quando é que o domínio do pecado terá fim no mundo?”

E o bom Jesus levando Seu olhar sobre todos os tempos vindouros, observa pecado em todos os séculos a seguir, em cada ano, todos os dias, e, a cada momento! E o peso destes pecados fortemente oprime a Ele, e torna a repetir: “Os ímpios tem forjado nas minhas costas, têm alargado a sua iniquidade!”

A minha alma, você ainda vai estar entre aqueles que alongam esta cadeia do pecado e, repetidamente tem adiando sua conversão, e fazer o Coração de Jesus chorar tão cheio de tristeza? Oh, como é terrível pecado após um Deus ter derramado seu sangue para destruí-lo! Oh como é terrível pecado em uma alma já limpo por esse divino Sangue!

Em almas unidas ao Coração de Jesus pela Santa Comunhão! Oh mais aflitos Salvador, com grande razão é de lamentar e chorar! Mas se Jesus com muita razão chora pelos pecados dos remidos, em geral, o que é que ele não sofrerá a prever os pecados dos Seus amigos íntimos, das almas consagradas a Ele? "Oh queridas almas", ele exclama: "Minha alma de paz, que são os amigos íntimos do meu coração, que vivem em minha casa, comem do meu pão e alimentam-se na minha mesa, por que você fere Meu Coração pelo pecado?

Pessoas do meu coração, o que é que eu já fiz para você? Em que foi que eu te afligi? Tenho saciado sua sede com o águas celestes de Minha graça, e vocês deram-me fel! Satisfiz sua fome com o precioso maná do Meu Corpo e você me surpreendeu com golpes e flagelos!

Oh Meu povo, aquilo que eu fiz por vocês? Em que foi que eu te afligi? Já preparei-lhe um trono no céu e você me apresentou uma forca! Cara alma da minha vinha, amada de meu coração, o que mais eu poderia ter feito para você que ainda não fiz? O que é lá que eu deveria fazer mais para a minha vinha que eu não tenha feito para isso? E, para tanto amor você voltar Me espinheiros e espinhos!

Medite em silêncio

Oferecimento:

-Oh, meu Salvador aflitas, quero oferecer-lhe o meu coração e o coração de todos aqueles homens que ardem com o fogo do amor perfeito, para retribuir um pouco do seu próprio amor infinito. Que angústia para o meu coração a frieza dos outros, vou oferecer-lhe, ó bom Jesus, o santo ardor com que os antigos patriarcas suspiram para Sua vinda, e o santo zelo pelo Seu Nome que seus Apóstolos propagaram por todo o mundo.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

-Oh, meu sofrido Redentor, eu lhe ofereço a mais que perfeita compaixão de vossa Imaculada Mãe, na sua alma transpassada pela espada de dor, é oferecida a visão de seu sofrimento, e com a mais perfeita gratidão com que, por toda a raça humana, ela agradeceu a Vós, bendito sejas Senhor Jesus pelos benefícios de Sua infinita Redenção.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

-Meu Jesus agonizante, eu, uma criatura miserável, não sendo capaz de dar o conforto que você gostaria receber, ofereço-lhe a alegria dada à Santíssima Trindade e os anjos do Céu, quando fez cumprir, com essa dor e com esse amor, a grande obra da redenção e, ao mesmo tempo suplico que todos os resgatados possam compreender bem deste mistério do amor infinito.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Sob o peso do pecado

E oprimido pela dor,

Já por terra cai prostrado

Nosso amante Redentor.


Vinde, ó Anjos, um conforto

Prodigai ao vosso Deus,

Que agoniza, neste Horto,

Pra tornar-nos filhos Teus.

TERCEIRO QUINZE MINUTOS

O grande Fiat

Contemplai, Oh! Alma resgatada, como seu Salvador tem o Coração transpassado pela ingratidão do homem, e é abrangido e prostrado em agonia sob o solo.

Ele está sozinho, abandonado, sem uma ajuda para ele, ele que não tinha se recusado a estender a sua mão para os fracos e os aflitos.

Levante-se, alma fiel, é chegado o momento em que Jesus sofre para dar um retorno de amor.

O que você tem feito se na noite da Paixão tivesse encontrado sozinho no Getsêmani o agonizante Jesus? Meu caro Senhor, quero levantar-te da terra.

Para oferecer a Vós o meu coração.

Meu mais doce Salvador, eu vos amo, eu vos amo, eu vos amo!

Quero ser o amor para vós, para obter o amor por vós, para que todos vos amém.

Eu desejaria consumir a minha própria vida por vós e por todos os seus remidos. Meu doce Jesus, eu gostaria de gastar até mesmo a própria vida por vosso amor, a fazer sacrifícios, para isso, não importa o quão grande, mas quando eu satisfizer uma ligeira contradição, algumas pequenas humilhações, uma recusa, uma reprovação, uma bondade.

Posso suportar isso? Eu realmente amo o sacrifício?

Posso congratular-me com a possibilidade de oferecer-lhe a mortificação da paixão?

Bom Jesus, tenho vergonha de responder.

Mas aqui perto de vós, aqui na escola do sofrimento e amor, quero aprender, meu querido mestre, a humilhar-me e sacrificar-me em todas as coisas e por vosso amor.

Entretanto, a hora de Sua agonia mortal de Jesus passa devagar.

Ele, o Deus do Céu e da terra, continua prostrado sobre o solo, e ninguém está ciente disto.

Mas o que estão os discípulos a fazer? Eles dormem!

Ah, Jesus, na noite de sua Paixão tinha que sofrer mesmo esta dor de deserção de seu querido amigos, e Ele sentiu no seu coração toda a amargura disto.

Essa tristeza Ele então aceita, mesmo que desejada, mas agora ele não deseja de novo, mas Ele quer que Seus redimidos mantenha vigília em torno dele, meditando sobre a sua paixão.

Mas em vez da maior parte dormir o sono dos ingratos, que consiste no esquecimento de quem só ama os benefícios.

Oh, que excesso de ingratidão e dureza de coração! Enquanto Jesus está sofrendo sozinho e prostrados sobre a terra, eis um anjo do Céu traz conforto a dele.

Com a humildade de um filho obediente, Jesus, recebe de seu Pai, o mensageiro, pronta para apresentar aos seus Comandos.

O Anjo tem vindo reforçar a Ele, mas não a consolá-lo, nem para aliviar suas dores, nem para tomar de suas mãos o cálice amargo.

Na verdade ele encoraja a assumir no âmbito da batalha, e para receber os golpes que corajosamente Céu, o mundo, e o inferno irão lançar contra ele; Céu, porque a Justiça eterna do Pai estava prestes a punir n'Ele todos os iniquidade dos homens; o mundo, que não conseguem suportar a santidade do Filho de Deus, estava preparando uma cruz para ele, e inferno, pelo ódio que o Santo dos Santos, excita nos inimigos a maior crueldade, e mais rancoroso escândalo.

Portanto, o Anjo Ele exorta a beber a própria escória abominável do cálice da maldade humana, tornando-se, por assim dizer, amaldiçoado, por nós, e suportar todo o peso do Divino Vingança.

Entretanto, justiça e misericórdia aguardam o Fiat (Faça-se) de Jesus, em que serão conciliados sempre.

Céu espera pelo sim, para que possa ser povoado por homens santos; a terra espera por ela, no anseio de ver a maldição merecida por seu primeiro pecado lavada pelo precioso Sangue do Divino Redentor, os presos no seio de Abraão, aguardam, que eles possam voltar a ser os filhos de Deus e ver as portas do céu reabertas para eles.

Mas como é que grandemente custoso o Sim de Jesus. Ele, o mais inocente, Ele, o Santo e Imaculado - deve se colocar sobre a aparência repugnante do pecador, dos ímpios: Ele deve aparecer como um dos culpados, e as nossas iniquidades fazerem parte dele próprio.

Imensurável é a angústia presente n'Ele, e Ele torna a repetir: “Afastai esse cálice de mim!” Mas, ao mesmo tempo Ele vê que estamos a perder caso ele não assuma a culpa dos nossos delitos sobre si, se Ele não consentir nos flagelos do punidor, e lavar nossas iniquidades em seu sangue.

Por conseguinte, mais generoso com uma explosão de heroico amor, Jesus pronuncia seu sublime Fiat.

Ele diz fiat "Será feito", e assim ele consente a levar todos os nossos erros, e como se culpado deles, aceita, e até mesmo convida a si estes horríveis castigos; por isso Ele diz que o Sim para expiar os espinhos de nossos maus pensamentos; Sim à flagelação para punir em si os nossos pecados de sensualidade; Sim a insultos, a saliva e os golpes para expiar para o nosso orgulho; Sim para o vinagre e fel, na satisfação dos nossos pecados inumeráveis de expressão e gula; Sim para a cruz e os pregos, para reparar a nossa desobediência; Sim às três horas de agonia dolorosíssima na cruz para curar todas as nossas feridas, para solucionar todos os nossos males; Sim a sua morte para nos dar a vida eterna!

Oh! precioso Sim que regozija Céu, salva o mundo, e estremece inferno! Sim que rompe tantas cadeias, secam tantas lágrimas! Graças a Vós, Oh! bom Jesus, obrigado por tão generoso Sim.

Eu vos bendigo e obrigado em nome de todos os homens.

Medite em silêncio

Oferecimento:

-Santo Pai, que, em reparação de nossas rebeliões e desobediências foi honrado pelo generoso Sim de Jesus no Getsêmani, eu lhe oferecer essa mesma sim em expiação de todos os delitos que Sua Majestade adorável recebeu da minha rebelde e contumaz vontade, vos suplico concedei-me perfeita docilidade e submissão através dos méritos do mesmo Sim.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

-Santo Pai, através da glória que o generoso Sim de Jesus no Getsêmani adquiriu, eu vos suplico perdão para mim de todas as falhas de rebelião e desobediência, e concedei-me a graça de amar doravante totalmente submisso a Sua santa vontade e pela a vontade dos meus superiores por amor de vós.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

-Santo Pai, através do esforço generoso e as angústias que o Sim proferidas no Getsêmani custou a Jesus, peço que concedeis para mim, para todas as almas consagradas, e para todos os cristãos, o espírito da santa fortaleza e constância, unida de uma generosidade que contará como luz para todos os sacrifícios em sua glória.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

A Palavra suspirada

De infinito, ardente amor

Por Jesus é pronunciada

Com profunda e imensa dor!


Esse Fiat amoroso

Custa sofrimentos sérios:

Um patíbulo afrontoso,

Penas, dores, vitupérios.

ÚLTIMOS QUINZE MINUTOS

O Sangue de Jesus e os seus frutos.

Meu Jesus já proferidos seu grande fiat! Mas o esforço lhe az cair novamente sobre a terra, esmagado sob o enorme peso com o qual devias arcar sozinho.

Oprimido, por um lado, pela justiça divina, que o considera como universal vítima e a qual estão unidos todos os pecado e sua punição, e por outro lado pela sua infinita vontade de cumprir Sua missão como divino Redentor do mundo, que para isto Ele está preparado para o batismo de sangue que tão fortemente desejado por ele.

Ah! na verdade, o bom Jesus pode agora ser considerado como trigo escolhido no moinho pedras, bem como doces uvas pisadas no lagar!

Com efeito, tal é a intensa angústia que oprime o coração que Ele começa a suar sangue de todos os seus poros, e isto tão intenso, que gotas de sangue caem no chão! Oh, quanta custo tem o Sim de Jesus!

Oh, quanto Ele teve de sofrer, a fim de se tornar devedor para os nossos pecados! E que vergonha para mim que se recusam a fazer o mesmo, o menor sacrifício, enquanto eu vejo o meu Deus que se tornou vítima livremente por amor a mim.

Ele foi oferecido porque era sua vontade.

Mas por que, doce Jesus, torturar-se, assim, com infinita dor, vós que com uma única oração, com um suspiro, com uma batida do seu coração, poderia ter salvado o mundo? Mas um profeta já havia dito que a redenção de Jesus seria uma copiosa redenção.

E realmente é uma copiosa redenção que Ele tem feito, por isso estás restabelecida a honra desfrutada pelo inocente, o justo e os santos.

Somente um Deus poderia ter realizado um trabalho tão grande!

Mas Jesus ainda não está satisfeito e, em Seu amor Ele deseja incompreensivelmente que, por meio de Seu sofrimento seja colocada em nossas mãos como algo absolutamente nosso, os ricos tesouros de seu mérito, para que possamos obter toda graça do céu.

Que mais se pode desejar? No entanto, há dons tão grandes que o homem não poderia se atreveu a perguntar por eles, nem sequer pensou em ser capaz de adquiri-los.

Mas a infinita caridade do nosso Santíssimo Salvador pensa deles, e com a voz de seu sangue, e os suspiros do Seu Coração aflitos Ele obtém para nós a partir de seu Pai a suprema graça de sermos levantados até mesmo para a abraçar a Divindade, por meio da Eucaristia, que Ele tinha essa mesma noite instituído.

E como se isso não fosse suficiente para satisfazer uma caridade que não conhece limites, Ele deseja que o Seu Espírito, o Divino Paráclito, ser infundida e permaneça permanentemente em nossas almas.

Vou pedir ao Pai”, Ele tinha dito na mesma noite aos seus apóstolos, "Vou pedir ao Pai, e ele deve enviar-lhe o Espírito Santo.

E agora, aqui no Getsêmani, sofrimento e sangue escorrendo, Ele cumpre essa promessa merecendo para nós a infusão do Divino Paráclito e, assim, eleva o homem ao mais alto grau de felicidade, graça e glória.

A Jesus ainda resta mais um desejo.

Ele lembra que seu pai disse-lhe: “Pede-me, e eu lhe darei as nações como Sua herança;” e eleva o Seu Rosto de sangue para o céu, Ele pede as nações prometidas a Ele como Sua herança, Ele quer muitas almas, que serão defendidas como amadas do seu Coração, fiéis discípulos a seguir o seu exemplo, e sobre quem Ele não pode derramar diante da abundância dessas graças merecido por ele com tanta dor.

Dai-me almas, dai-me almas, oh! Pai, pois, minha vida será consumada na cruz por eles. Dai-me almas”.

E, entre todas as almas Jesus também escolhe a sua; desejo dele, ele quer, ele pergunta a seu pai com lágrimas, e em especial para ele renova a oferta de si próprio e todos os seus sofrimentos sem limites.

Minha alma, minha alma, como você é muito amada por Deus que, ao suar sangue, escolheu você, desejou, abraçou-a como esposo!

E daí a pouco tempo Jesus, a partir da altura da cruz, vai dizer à sua Mãe, “Eis o teu filho”, e na pessoa de João vai entregar-lhe todos os remidos, Ele no Getsêmani diz a seu Pai: “Eis Seus filhos. Eu, o Seu Filho por natureza, tomo o lugar do homem pecador, que o pecador possa tomar meu lugar e tornar-se Seu filho pela graça.

Para mim, oh! Pai, sofrimentos, para os pecadores, o perdão e a paz; para mim a morte, para ele vida, para mim, o abandono, para ele um perfeito acolhimento, abençoada e eterna união com Vós.

Eis, eis seus filhos, abraçai-os.

Meu Sangue os torna puros, belos e dignos de Vós.

Pai, eu desejo (Jesus nunca haviam dito "eu desejo", mas agora ele diz isso).

Gostaria que as almas que Vós deste para mim, possam ser um conosco, unidos a nós, como eu convosco. Lembrai-vos, oh! Pai, que eu me tornei homem, para que o homem pode ser engrandecido até Deus que reina em sua própria glória para toda a eternidade.

Eis os mistérios do amor incompreensível que operam no Coração de Deus que derrama suores sangue pelos homens!” Eis o admirável fruto do Sangue de Jesus! Silêncio, admiração e o amor generoso, que, oh! Almas resgatadas, almas defendidas por Deus ao se tornar um homem, este é o único retorno para o Grande, e Santo, e Amor Infinito, Quem imola a si mesmo para você!

Medite em silêncio

Oferecimento:

-Santo Pai, com um coração quebrado com a mais viva gratidão, agradeço em nome de todos os homens, por dar-nos um Redentor tão bom e tão generoso, através de quem, com infinita vantagem, nós temos recuperado as bênçãos perdidas pelos pecados originais. Eu ofereço-lhe a salvação de todos os redimidos, o sangue que Ele derramou, suplicando a Vós que conceda que os frutos da redenção sejam tão abundantes como o resgate propriamente dito e que o bom Jesus seja conhecido, amado e abençoado por todos os filhos de Adão por toda a eternidade.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

-Santo Pai, Eu ofereço o precioso sangue de Jesus para obter a partir de Sua misericórdia e aumentar a exaltação da Igreja Católica, a conversão de todos os infiéis, hereges, e os pecadores, a perseverança dos justos, e a libertação das almas do Purgatório. Eu ofereço a vocês para o maior bem dos meus superiores e todos os meus queridos amigos. Além disso, oferece-vos para a santificação de minha alma e, para obter … (aqui faz-se pedidos de todas as graças desejadas).

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

-Santo Pai, que amou o mundo, até mesmo para sacrificar Seu Filho unigênito à custa de grande tormento para ele, concedei que o mundo tenha muito amor por Jesus, e mostre sincero agradecimento a Deus, bendiga e glorifique, e que possam ser muitas almas que estão perfeitamente unida e sempre fieis a Ele, e que entre esse número também pode ser encontrada minha pobre alma. Santo Pai, eu ofereço os suspiros, as orações, e a agonia de Jesus no Getsêmani, juntamente com o sangue derramado Ele, que Vós possa reavivar nos corações de todos os cristãos devoção aos admiráveis mistérios da Redenção, e com isso aumentar a verdade e generoso espírito de sacrifício, o que torna a alma assim como a Jesus.

Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Ao divino Amante demos

Graças mil, de coração,

Pois que em seu sangue nós temos

Um penhor de salvação.


És, o sangue, que da morte,

Nossas almas libertou,

Quem trocou a nossa sorte,

Quem o Céu nos franqueou.


"Jesus Cristo com Sua Paixão nos livrou do poder do pecado, mas com a Eucaristia nos livra do poder de pecar."

(Inocêncio III)

Conclusão:

Só mais um olhar sobre o seu Deus, oh! minha alma, oh! Alma do seu amor e dor.

As longas horas de agonia no Getsêmani já passaram a dar lugar a um dia de vergonha para ao final de três horas de tortura na cruz.

Observem que Judas o traiu, e Jesus como um cordeiro dócil, vai saudá-lo! Ah, meu Jesus, estou a ver-te abraçar um traidor? Ah, não! E não vir ao meu abraço, mesmo em meu coração, ó bom Jesus, pois eu já não quero vos ofender, mas sempre há amar cada dia mais. Amém.



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FONTE: opúsculo, em formato PDF, Devocionário Quaresmal, J. L. Risoto, pp. 8-23 – Texto revisto e atualizado, bem como alguns destaques acrescidos.