«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

quinta-feira, 29 de agosto de 2019


O CORAÇÃO DE JESUS É UM CORAÇÃO INFINITAMENTE AMÁVEL



  1. O Coração de Jesus é amável pela sua excelência, porque é um coração vivíssimo, compassível, unido ao corpo glorioso de Jesus Cristo, e animado pela alma santíssima do mesmo Senhor; é um coração sumamente sensível a todos os puríssimos e ardentíssimos afetos do Verbo humanado para com Deus e para com os homens; é um coração unido hipostaticamente ao mesmo Verbo Divino, que lhe deifica seus nobres sentimentos movimentos; é um coração de infinita dignidade por esta inefável união; um coração de incompreensível excelência, porque e o Coração de Deus pela sua união com a pessoa do Verbo, que n'Ele derrama a plenitude do dons e das graças, e n'Ele se compraz, porque o acha conforme e obediente a todos seus acenos. E quem há que possa conceber a atividade, a santidade e perfeição das operações deste Divino Coração?

  1. O Coração de Jesus é amável pelo que representa. Ele é o símbolo do amor de Jesus Cristo, Deus e Homem. Ele, por conseguinte, representa-nos aquele amor incriado, eterno, constante, infinito e incompreensível com que o Verbo Divino nos ama desde toda eternidade, e por nós se humilhou até chegar a vestir-se da nossa carne; e depois de ter se feito homem, tem continuado e sempre continuará a nos amar, a nós pecadores, ingratos e rebeldes. Este Coração é a imagem do amor ardentíssimo da alma de Jesus para com os homens, amor que o levou a sofrer morte penosíssima para nos abrir o Paraíso, e a deixar-se aqui na terra para nosso alimento espiritual e conforto de nossa vida; amor que continuamente em todas as nossas necessidades o constitui nosso advogado e intercessor ante seu Divino Pai.

  1. Como é possível, pois, não se amar a um Coração tão amável, o mais amável, o mais digno de ser amado entre todos os corações, que quis perder a sua vida temporal para nos dar a eterna? Se amamos uma criatura porque tem um coração reto, virtuoso , dócil, terno, condescendente, qual é o motivo porque não amamos a Jesus que encerra no seu peito um Coração Divino, dotado de todas as perfeições e virtudes, o qual nos ama muito mais que todos os Santos e Serafins e que todos os nossos parentes e amigos juntos?
    Ah! não o amamos, porque não o conhecemos, e não o conhecemos porque tememos que, depois de encontrá-lo e conhecê-lo, não nos deixe mais amar nenhuma coisa desta terra, fazendo-nos esquecer daquelas criaturas que amamos em seu lugar e a despeito d'Ele, o Coração divino! Que cegueira a nossa! Que ingratidão temos praticado! Que desprezo temos feito de Vós, que não Vos cansais de nos amar, sendo como somos miseráveis criaturas, e sem que tenhais necessidade alguma de nós!
  2. ORAÇÃOÓ Diviníssimo Coração de Jesus, ó doce abrigo da minha alma, em Vós me refugio fugindo dos tumultos do mundo e das paixões. Que doce silêncio não acho eu no vosso Coração, porto de salvamento, asilo de paz, fonte de delícias e de luz? Ah! Por que tão tarde Vos conheci? Por que mais cedo não Vos amei? Se eu tivesse sabido que Vós ereis um Coração tão amável, Coração do meu Pai, do meu Deus, do Esposo da minha alma, não Vos teria ferido; nem teria perdido a paz, nem arruinado a mim mesmo; não teria vivido entre as serpentes e as feras dos bosques, mas qual pomba inocente teria buscado meu descanso neste asilo de segurança e de gozo. Mas finalmente Vos achei, ó Coração amoroso, sempre aberto aos pecadores que sinceramente vos procuram. Não permitais que nunca mais eu saia desta morada divina; porque fora dela armam ciladas à minha vida, maquinam-me a morte meus inimigos, que estão esperando que eu abandone este refugio de salvação e de vida. Ah! Quero antes arder e morrer neste mar de chamas do que deixar de Vos amar, ó Coração infinitamente amável do meu Jesus. Assim seja.






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FONTE: in Viva Jesus Manual ou Thesouro da Archiconfraria da Guarda de Honra do Sagrado Coração de Jesus e da Archiconfraria das Almas do Pugatório, Ratisbona-Typografia de Frederico Pustet, Impressor da Santa Sé, 5ª edição/1896, Cap. XII, Novena do Sagrado Coração, Primeiro Dia, pp. 61-64 – Textos revistos e atualizados, bem como destaques acrescentados.

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