«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018


A GRANDE PROMESSA DO CORAÇÃO DE JESUS: “TODOS NO CÉU”


Todos no céu” – exclamava São Francisco de Assis convidando os fiéis a entrarem na igreja de Santa Maria dos Anjos, quando obteve do Sumo Pontífice a indulgência chamada da Porciúncula.

Todos no céu” – podem também exclamar alegres, e com muita razão, os devotos do Santíssimo Coração de Jesus, porque o mesmo Coração de Jesus lho prometeu.

Que alegria, que felicidade ter certeza moral da própria salvação! Que podemos desejar mais? Nada, absolutamente nada, porque este pensamento: estou salvo, enche a alma e o coração de tamanha satisfação, que não se pode desejar e nem mesmo imaginar coisa melhor.

Vamos às perguntas:

1ª PERGUNTA  Quando e a quem fez o Sagrado Coração esta Grande Promessa?

RESPOSTA – Na realidade o Sagrado Coração de Jesus fez doze consoladoras promessas a favor dos seus devotos; nós, porém, somente queremos falar na Grande Promessa, porque esta é como um resumo e coroa de todas as outras. Para manifestar o seu amor, o Coração abençoado de Jesus escolheu uma jovem, uma virgem, Margarida Maria de Alacoque, desconhecida do mundo, mas muito querida por Deus.

Esta donzela feliz contava vinte e seis anos, professando, há um ano, no mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, na França. Três vezes quis Jesus consolar a sua amada com sua presença. A primeira vez foi no dia 27 de dezembro de 1673; a segunda, na oitava de “Corpo de Deus”. Numa dessas aparições, na segunda, aparece, enquanto a jovem estava em dulcíssimo êxtase, recolhida e imóvel, com os braços cruzados no peito, com a face irradiada pela chama interior, uma luz celeste, vista somente por ela, iluminava o altar, e através das grades ela viu o Coração... Estava este coração completamente cercado de chamas e rodeado por uma coroa de espinhos, transpassado por uma profunda ferida, todo ensanguentado e encimado por uma cruz. Margarida – disse Jesus, dirigindo-se à jovem – eu te prometo na excessiva misericórdia do meu coração dar penitência final a todos os que comungarem na primeira sexta-feira em nove meses consecutivos... eles não morrerão no meu desagrado, nem sem receber os Sacramentos, tornando-se meu Coração refúgio para eles naqueles transes extremos.
Aparição do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria,
Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, França.

Se essa grande e solene promessa não tivesse saído dos próprios lábios do Homem Deus, poder-se-ia, talvez, duvidar de sua autenticidade, por ser demasiado extraordinária, por parecer impossível que com tão pouca coisa, com nove comunhões somente, o cristão possa adquirir o direito de entrar na glória do céu. Daí, mais a seguinte pergunta:

2ª PERGUNTA – Será mesmo certo que o Coração de Jesus tenha feito esta Grande Promessa?

RESPOSTA – Não há dúvida alguma, é certo que a promessa foi feita com mais 11, foi examinada pela Igreja, com a severidade com que ela costuma proceder em coisas tão delicadas e importantes. O próprio Sumo Pontífice Bento XV lembra-se textualmente na Bula da canonização de Santa Margarida, dizendo que tais foram exatamente as palavras que o bom Jesus dirigiu à sua fiel serva. Depois de a Igreja ter se pronunciado sobre este assunto, não pode haver mais dúvida alguma para o bom cristão.

3ª PERGUNTA – Que é que se deve fazer para alcançar esta graça extraordinária?

RESPOSTA – Nada mais que o que disse Jesus, isto é, aproximar-se, com as devidas disposições da Santa Mesa Eucarística, nas primeiras sextas-feiras de cada mês, por nove meses consecutivos.

4ª PERGUNTA – E teremos também a certeza de receber os Sacramentos antes de morrer?

RESPOSTA – Sem dúvida, se os Sacramentos forem necessários para se conseguir a salvação. Nesse sentido é que se deve entender a promessa do Sagrado Coração de Jesus. Como, porém, podemos nos salvar sem Sacramentos, assim Jesus não quis dizer que quem tiver feito a devoção das nove sextas-feiras receberá os Sacramentos absolutamente, mas recebê-los-á se forem necessários. O certo é: o devoto do Sagrado Coração, não morrerá no desagrado de Deus.

5ª PERGUNTA – Mas se depois de ter feito as nove sextas-feiras com as devidas disposições o cristão perdesse a sua devoção, que pensar dessa pobre alma?

RESPOSTA – Deve-se pensar que o Coração de Jesus terá tido compaixão dessa pobre alma, a qual, em seus últimos momentos de vida, terá achado o seu refúgio seguro neste Coração. De fato, Jesus prometeu, sem exceção alguma, a graça da penitência final a todos os que tenham comungado na primeira sexta-feira em nove meses seguidos; daí se crer que, no excesso de misericórdia do seu Coração, terá iluminado e tocado essa alma nos seus últimos transes com a sua graça de modo a poder fazer um ato de contrição perfeita. Assim e não de outro modo é que se deve pensar, porque Jesus é fiel em suas promessas. Direi ainda mais, que se para se salvar aquela alma fosse necessário um milagre, não há dúvida alguma que Jesus o faria, faria este excesso de misericórdia com a onipotência de seu Coração.

Ademais, a experiência o tem provado que quem teve a perseverança de fazer, em honra do Sagrado Coração de Jesus, nove comunhões em nove meses consecutivos, sem nunca interrompê-las, dificilmente abandonará esta pia devoção. As mais das vezes, até sucede que estes devotos acabam por não só comungar nas primeiras sextas-feiras de cada mês como também em todas as sextas-feiras do ano, não sendo raro o caso em que acabam por comungar todos os dias. E não é de admirar, porque Jesus veio à terra para trazer o fogo do divino amor, e nada mais deseja que este fogo se acenda e arda em todos os corações.

6ª PERGUNTA – Se alguém interromper as nove sextas-feiras por motivo justo, deverá começar de novo?

RESPOSTA – Sim, porque a condição posta pelo Sagrado Coração é expressa de um modo claro e preciso; é indispensável, portanto, comungar nas nove primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos.

7ª PERGUNTAQuem fizesse as nove comunhões com a intenção de garantir o céu, pensando, entretanto, consigo mesmo, de continuar a pecar, poderia ele ter confiança nesta grande promessa do Sagrado Coração de Jesus?

RESPOSTA – Certamente que não, e até cometeria muitos sacrilégios, porque quem se aproxima dos Santos Sacramentos, deve ter firme intenção e vontade decidida de abandonar o pecado. Não é a mesma coisa ter medo de tornar a ofender a Deus por causa da nossa fraqueza e a calamidade da intenção de continuar a cometer pecados. No primeiro caso a misericórdia de Deus nos abre seus braços e nos concede o perdão; no segundo, porém, ela se irrita e fica por assim dizer impelida a castigar.

8ª PERGUNTA – Mas, se depois de ter feito bem e com as devidas disposições as nove primeiras sextas-feiras, com o andar do tempo alguém se tornasse mau e perverso, poderia esse salvar-se ainda?

RESPOSTA – A isso já foi respondido na 5ª pergunta, mas repeti-lo-emos de novo: Jesus é fiel em suas promessas, e não poderá permitir que, quem tiver feito as nove sextas-feiras, com a preparação devida, venha a perder a alma.

9ª PERGUNTA – Poderia indicar-nos quais são as devidas disposições para fazer bem as nove primeiras sextas-feiras a fim de merecer a graça da Grande Promessa?

RESPOSTA – Para merecer a graça da Grande Promessa é necessário: receber nove vezes a Santa Comunhão; na primeira sexta-feira de cada mês; e isto por nove meses consecutivos; aproximar-se da Sagrada Mesa, não só em estado de graça e sem más intenções, mas, ainda, com a intenção de honrar de modo especial o Sagrado Coração de Jesus, que pediu estas comunhões em reparação da ingratidão e de abandono de que é vítima por parte de tantas almas; renovar em cada comunhão a intenção de cumprir a devoção das nove sextas-feiras, a fim de obter o fruto da Grande Promessa, isto é, da penitência final.

A CHAVE DO CÉU


Alma cristã, queres de hoje em diante viver segura, garantindo o importante negócio da tua salvação eterna? Queres adquirir o direito à glória eterna do céu? Pois bem, tu já viste que o Sagrado Coração de Jesus, no excesso da misericórdia do seu amor, pôs em tuas mãos a chave de ouro que te abrirá as portas do céu, no último instante de tua vida. Esta chave de ouro está à tua disposição, basta que o queiras, basta que faças as nove sextas-feiras em honra do Sacratíssimo Coração de Jesus. Podia bem o bom Jesus liberalizar-se, melhor do que assim, a salvação de tua alma? Grata e reconhecida, prostra-te a seus pés, agradece-Lhe de todo o coração por ter posto a teu dispor um meio tão fácil de salvação e promete-Lhe que hás de começar já esta devoção. Feliz de ti se perseverares: o Paraíso será teu galardão porque bem o sabes, Jesus é fiel em suas promessas.



NOTA DO BLOG: Na próxima sexta-feira, dia 04, será a primeira do mês de Janeiro e a primeira do Ano Novo, é a grande oportunidade de se fazer a Consagração Reparadora ao Sagrado Coração de Jesus ou a renovação da consagração já realizada. Para auxiliar os que ainda não a fizeram, abaixo sugerimos um modelo de Ficha de Controle das Comunhões Reparadoras das Nove Primeiras Sextas-Feiras, obtida do blog Precantur (Thesaurus Precum), no seguinte endereço: http://precantur.blogspot.com/2013/07/minhas-comunhoes-reparadoras.html.


MINHAS COMUNHÕES REPARADORAS:




EU,__________________________________________________, eu fiz a Comunhão Reparadora nas primeiras sextas-feiras dos seguintes meses:


1. No mês de ____________________ de 20___

2. No mês de ____________________ de 20___

3. No mês de ____________________ de 20___

4. No mês de ____________________ de 20___

5. No mês de ____________________ de 20___

6. No mês de ____________________ de 20___

7. No mês de ____________________ de 20___

8. No mês de ____________________ de 20___

9. No mês de ____________________ de 20___


E PROMETO ao Sagrado Coração de Jesus em levar uma vida digna de católico(a) praticante e fervoroso(a).




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FONTE: livreto “A Grande Promessa do Sacratíssimo Coração de Jesus”, Frei Salvador do Coração de Jesus, Edições Loyola, 88ª edição/2008, pp. 7 a 12 (Texto revisto e atualizado, assim como alguns destaques são nossos).


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