AS PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – PARTE VII
(Em forma de catecismo, com perguntas e repostas)
EXPOSIÇÃO
DAS PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO
PROMESSAS
FEITAS
PELO
SAGRADO CORAÇÃO ÀS
ALMAS
AFLITAS
Haverá criatura humana que possa dizer:
Nunca os meus olhos derramaram lágrimas nem jamais chorarei, sou inacessível à dor? A nossa vida principia com lágrimas, continua-se no meio de sofrimentos de toda a espécie e termina nas ânsias da agonia e da morte. «O Coração de Jesus, que tanto amou os homens», não podia ser insensível a esta dor universal; não se contentando com se associar a ela durante a vida mortal, quer ser o nosso consolador até ao fim dos séculos. Um dos principais frutos da devoção ao Sagrado Coração é dar a paz, quer no meio dos desgostos particulares da vida, quer no meio de calamidades publicas.
1) Quais são as consolações prometidas pelo Sagrado Coração aos seus servos no meio das suas provações?
«Consolá-los-ei nas suas penas», disse ele à Santa Margarida Maria. Notemos bem, que Nosso Senhor não prometeu aos amigos do seu divino Coração fazer cessar as penas, mas somente consolá-los nelas. Portanto, é ilusão muito perigosa julgar que a devoção ao Sagrado Coração tem por fim tornar o caminho do céu suave, agradável e fácil, fazendo desaparecer dele os espinhos da tribulação e as asperezas do sofrimento.
Não é assim! os amigos do Coração de Jesus devem contar com a cruz e por vezes sentir o seu peso. Contudo, se o Coração de Jesus não dispensa os seus servos da necessidade de carregar todos os dias com a cruz, quer que tenham a firme e inabalável confiança de receber a forca invencível da sua graça e a consolação do seu amor, para não desfalecerem no caminho.
«Nosso Senhor Jesus Cristo recompensar-vos-á copiosamente da devoção que tiverdes ao seu Coração Sagrado, escreve a Santa1. Se quereis honrá-lo, tornai o depositário de tudo quanto fizerdes e sofrerdes, unindo-vos sempre às suas santas intenções em tudo o que vos acontecer. Ofertai-lhe todos os prazeres, todas as amarguras.
Estabelecei vossa morada neste Divino Coração e tereis a paz.
Ele nos consolará em todas as necessidades e tribulações, tornando-se a força das nossas fraquezas. Ali achareis o remédio eficaz para todos os males, o refúgio em todas as necessidades».
Dando a própria experiência como testemunho das suas afirmações, a serva de Deus acrescenta:
«Uma vez, sentindo grande dificuldade em obedecer, o divino Mestre mostrou-me o seu Corpo Sagrado coberto de chagas, que tinha sofrido por meu amor, e censurou a minha ingratidão e covardia em não me vencer por seu amor».
«Meu Deus! que quereis que eu faça, lhe disse então, se a minha vontade pode mais do que eu? E respondeu-me que, se eu a sepultasse no seu Lado Sagrado, ela não teria dificuldade em se render.
«Ó meu Salvador, lhe disse então, sepultai-a vós, e tão fundo, que jamais possa de lá sair. Confesso que desde então tudo me pareceu fácil, e não tive mais dificuldade em me vencer. Sinto-me continuamente abrasada no desejo de sofrer, ainda que sinta repugnâncias terríveis da natureza, e as cruzes tão pesadas e tão dolorosas, que morreria mil vezes, se o adorável Coração do meu Jesus não me fortalecesse e auxiliasse em todas as necessidades.
2) Como o Coração de Jesus é o verdadeiro consolador nas calamidades publicas?
Diz o Sagrado Evangelho que os últimos tempos do mundo serão perturbados por tão grandes calamidades, que os próprios escolhidos se sentirão como que abalados. Quem será o consolador e o auxílio dos homens no meio da confusão universal do fim dos tempos, e entre as convulsões sociais que agitarão o mundo antes do grande drama final? «Nosso Senhor Jesus Cristo, responde a Santa, mostrou-me o desejo de que o seu Coração seja agora conhecido, para ser o mediador entre Deus e os homens, porque é todo poderoso para dar a paz, desviar os castigos que os nossos pecados mereceram, e para nos alcançar misericórdia».
«Quanto é poderoso este divino Coração, para aplacar a cólera da divina justiça, que a multidão dos nossos pecados irritou, atraindo sobre nós todas as calamidades que nos afligem! Mas é necessário orar, para que nos não aconteçam ainda maiores desgraças. As orações em comum têm grande poder sobre este Sagrado Coração, que sustem e desvia os rigores da divina Justiça, metendo-se de permeio entre ela e os pecadores, para alcançar misericórdia».
3) Qual é o caráter providencial da devoção ao Sagrado Coração sob o ponto de vista social?
Em nossos dias quase todas as nações são agitadas por crises internas, que põem as almas em mau estado e tiram à sociedade a segurança e a paz. Os homens políticos procuraram mil soluções a este mal social!. In vanum labor averunt! Todos os esforços são condenados a um resultado estéril, se não lhe juntarem o grande meio que nos indica Santa Margarida Maria. A salvação da sociedade e dos indivíduos está no Sagrado Coração, e só nele. A devoção a este adorável Coração, qual arco íris divino, brilha no meio da tempestade, como raio celeste, que vem consolar o pobre prisioneiro no seu cárcere. Erudimini qui judicatis terram! Oxalá que aqueles que têm nas mãos o governo das nações, compreendam os ensinamentos da humilde Virgem de Paray! Ela recebeu de Nosso Senhor a missão de falar aos príncipes e aos povos e de lhes dizer: Ide ao Sagrado Coração! S.S. Leão XIII, na admirável Encíclica de 25 de maio de 1899, anunciando a Consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus, sancionou este chamamento em nome d'Aquele de quem era Vigário, quando dizia:
«Eis o novo sinal de salvação, sinal divino e de última esperança! É, pois, ao Sagrado Coração de Jesus que devemos recorrer em todas as tribulações, quer públicas, quer particulares. Mas não percamos de vista a importante observação com relação às outras promessas:
Que as graças temporais e as alegrias sensíveis têm nesta devoção lugar secundário, e que, se Nosso Senhor promete alguns desses bens, é com a condição de que não sejam em detrimento do seu amor: se o são, tira-as sem piedade.
Sagrado Coração de Jesus. Santuário Nacional de la Gran Promesa. Valladolid (Espanha) |
PROMESSAS RELATIVAS AOS ÚLTIMOS FINS DO HOMEM: A GRANDE PROMESSA
As promessas mais consoladoras de Nosso Senhor aos devotos servos do seu divino Coração são aquelas que se referem ao momento terrível da morte e à nossa salvação eterna.
1) Que quer dizer a grande promessa?
Entre as graças prometidas à devoção do Sagrado Coração é a mais extraordinária e ordinariamente conhecida com o nome da Grande Promessa.
«Em uma sexta-feira», escrevia a Santa, no mês de maio de 16882 durante a Sagrada Comunhão o meu divino Mestre disse-me esta palavras:
«Eu te prometo no excesso da misericórdia do meu Coração que o meu amor todo poderoso concederá a todos aqueles que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses consecutivos a graça da penitencia final; não morrerão no meu desagrado, nem sem receberem os sacramentos; nessa hora derradeira o meu Coração há de ser para eles asilo seguro».
Promessa tão magnânima é verdadeiramente digna da generosidade do Coração de Jesus. Quão indesculpáveis seriam aqueles que pusessem de parte esta tábua de salvação oferecida pelo amor infinito deste Coração divino! Quis por essa infinita misericórdia que ela fosse acessível a todos, por causa dos tremendos perigos que corre no mundo a salvação eterna das almas, sobretudo no meio da sociedade atual. São tantos e tais que podemos dizer com mais razão do que os apóstolos3: Quem se salvará? O Sagrado Coração dignou-se responder e a nós pertence aproveitar a resposta.
Posto que as palavras divinas dispensem comentários, não será inútil fazer alguns.
2) Será esta promessa um fato absolutamente novo?
Por mais extraordinária que pareça esta promessa, não é coisa nova. Graça semelhante não a tem também o Escapulário do Carmo?
3) Será certa esta promessa?
Esta promessa é certa, quanto à sua origem e quanto aos seus efeitos. Foi sem dúvida feita a Santa Margarida Maria, como atestam os escritos autênticos da serva de Deus, quando foram examinados pela Santa Sé na Beatificação da Serva de Deus. Cumprir-se-á, portanto, em todos aqueles que realizarem todas as condições impostas.
4) Como devemos entender esta promessa?
É preciso, entretanto, compreender o verdadeiro sentido desta promessa, e livrar-nos de falsa interpretação. Nosso Senhor não disse que aqueles que cumprissem as condições exigidas estavam dispensados de vigilância cuidadosa, para evitarem todo o pecado, de animoso combate, para vencerem as tentações, de cumprir os mandamentos, do emprego assíduo dos meios que a vida cristã exige, sobretudo da oração e da penitência. Assegura somente, que aqueles que fizerem estas nove comunhões alcançarão as graças necessárias, para guardarem com perfeição os preceitos e os conselhos evangélicos, para levarem a cruz todos os dias da vida, e para perseverarem até a morte no caminho estreito, que conduz ao Céu.
O cuidadoso exame desta promessa deixa-nos antever a admirável tática do amor divino. Para ir ao Céu, é necessário que as nossas almas vivam da vida de Jesus Cristo, comunicada pelos sacramentos, sobretudo pelo sacramento da Eucaristia.
Há muitos séculos que os homens desertaram totalmente da Sagrada Mesa, e a maior parte daqueles que ainda se conservam fieis à comunhão pascal, fazem-no por sistema e para que se diga que cumprem o preceito, de Comungar pela Páscoa da Ressurreição.
Por isso mesmo a sociedade cristã está minada por dentro de assustadora languidez espiritual, definha-se por falta de comunhões e ninguém a pode fazer sair deste mórbido estado.
5) Que meio irá Nosso Senhor empregar para tirar os homens deste invencível fastio tão vizinho da morte?
Vai lançar mão do desejo, que estes cristãos tão negligentes ainda têm de se salvar, e com o auxílio desta última centelha escondida na cinza da tibieza vai procurar reanimar a chama do seu amor, fazendo-os enveredar pelo caminho da Sagrada Mesa. Não lhes pedirá diretamente a comunhão frequente, porque sabe que a sua voz não seria ouvida; mas com tática divina vai pedir-lhes uma série de comunhões, em verdade transitaria, mas bastante repetidas e acompanhadas de circunstâncias um tanto difíceis para lhes formar o habito da comunhão, ao menos mensal.
6) Quais são as condições necessárias para ter direito nos frutos desta Grande Promessa?
Para alcançar a graça da perseverança final exigem-se três condições:
1ª. A comunhão deve ser feita na primeira sexta-feira e não em outro dia;
2ª. Deve fazer-se durante nove meses seguidos. Portanto, a novena deve recomeçar, se, na série das nove primeiras sextas-feiras, houver interrupção, exceto se for causada pela Sexta-feira Santa, caindo na primeira sexta-feira do mês; neste caso far-se-ia a comunhão na primeira sexta-feira do mês seguinte.
3ª. Deve ser feita, não somente em estado de graça, mas com a intenção especial de honrar o Sagrado Coração.
Estas condições, aparentemente fáceis trazem anexas tais dificuldades que é preciso amar verdadeiramente a Nosso Senhor para nos sujeitarmos a elas. Ora, diz Santo Agostinho: «Aquele que ama pode fazer o que quiser». Ama el fac quod vis; porque o amor divino que o guia, o meterá seguramente no caminho da santidade. Além disto, estas comunhões repetidas, feitas por amor do Sagrado Coração, atraem poderosamente para se contrair este santo costume; porque não há coisa que torne um hábito tão forte, como os atos repetidos com verdadeiro afeto. Este atrativo será sem dúvida aumentado pela unção especial que Nosso Senhor concederá a estas comunhões.
7) Poder-se-ão perder os frutos prometidos a estas nove comunhões?
Aqueles que depois de terem feito com sincera piedade as nove comunhões, se se afastarem da frequência dos sacramentos, perderão o direito aos frutos da promessa divina? Não, certamente, porque os benefícios de Deus são sem arrependimento. O Sagrado Coração saberá, pelas invenções do seu amor, tirar do abismo do pecado estes pobres náufragos, e preservá-los do fogo eterno. Mas as graças obtidas por meio destas nove comunhões são tão abundantes, que este esquecimento completo dos deveres essenciais da vida cristã será exceção bastante rara e quiçá momentânea.
8) Qual foi a proteção prometida pelo Sagrado Coração aos seus servos na hora da morte?
«O Sagrado Coração de Nosso Senhor disse-me, e confirmou-o, que o prazer que tem de ser conhecido, amado e honrado das suas criaturas é tão grande4, escreve a Santa, que me prometeu que todos aqueles que brasassem esta devoção e fossem dedicados a este adorável Coração, não pereceriam eternamente.
«Não; o seu amor não deixará perecer nenhuma das almas, que lhe forem consagradas para lhe prestar todas as homenagens e todo o amor, com vontade franca e sincera, e procurarem dar-lhe esta consolação conforme a medida das suas forças».
A serva de Deus fala, com frequência, nas suas cartas desta tão consoladora promessa.
«Minha muito estimada Mãe, escrevia à superiora da Visitação de Moulins, não posso exprimir-vos o prazer que experimentei quando li a vossa última carta, e o desejo que Vossa Caridade manifesta de ser toda do Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo; porque é assim que asseguramos a salvação, que tão exposta anda n esta miserável vida, tão cheia de corrupção. Mas depois de nos dedicarmos a este Coração adorável para o amar e honrar quanto podermos, e de nos entregarmos totalmente a ele, toma todo o cuidado de nós e faz-nos chegar, através de todos os perigos ao porto da salvação».
Da mesma sorte falava a dois sacerdotes: «Amai o Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ah! se compreendêsseis quanto é bom amá-lo e ser amado por ele! Porque nenhum daqueles que lhe são particularmente dedicados perecerá! Ah! quanto é grato morrer depois de ter tido devoção constante ao Coração daquele que nos há de julgar!»
«No Coração do meu adorável Jesus encontro quanto falta à minha indigência, acrescentava ela falando de si, porque é cheio de misericórdia. Não encontro remédio mais eficaz para todas as aflições do que este Coração Sagrado. Nele durmo tranquilamente e repouso sem inquietação. Não há nada penoso e triste que não seja suavizado pelo Coração amável de Jesus. Os doentes e os pecadores acham nele asilo seguro e ali estão sem receio. Este Coração divino e tão amante é toda a minha esperança; é o meu refúgio; o seu merecimento é a minha salvação, a minha vida e a minha ressurreição. Enquanto me não faltar a sua misericórdia estou cheia de merecimentos; quanto mais poderoso elle é para me salvar, tanto maior é a minha segurança».
9) Quais são as recompensas destinadas aos servos do Sagrado Coração no Céu?
Maravilhosas são as recompensas que o Coração de Jesus tem no Céu para os seus eleitos. No banquete celeste terão a dita de repousar no Coração do Salvador, como S. João na ceia.
As alegrias inefáveis deste divino repouso é o segredo do Paraíso. Contudo Santa Margarida Maria indica dois frutos particulares que dele resultam.
O primeiro é o aumento da que chamam bem-aventurança acidental, que consiste na nova alegria concedida a estes felizes eleitos do Sagrado Coração por cada progresso, que esta devoção ao Coração de Jesus, fizer no decurso dos séculos. Falando de S. Francisco de Sales, a Santa escrevia à madre de Saumaise5: «O adorável Coração de Jesus faz experimentar alegrias inexplicáveis ao nosso santo fundador por esta santa devoção se ter estabelecido no nosso Instituto. Nunca a glória acidental deste santo Pai fundador aumentou tanto como por este meio».
A segunda recompensa destinada aos servos do Coração de Jesus, é o grande valimento que terão junto de Deus. Por isso a Santa recomendava muito recorrer a estas almas amigas do Coração de Jesus por meio das mais fervorosas orações, especialmente nas empresas que interessassem a glória deste Coração adorável. «O nosso bom Pe. de la Colombière, dizia ela, alcança no Céu, por meio da sua intercessão, o que se realiza na terra para gloria deste Sagrado Coração».
Interrogada pela madre de Saumaise acerca do destino eterno de uma superiora do convento de Dijon, que durante a vida tinha sido muito dedicada ao Coração de Jesus, a Santa respondia: «quanto ao que vossa caridade me pergunta da nossa defunta mãe Anna Seraphina Boulier, creio que devo antes dar-vos os parabéns pela felicidade de terdes no Céu uma advogada tão poderosa, do que tomar parte na dor que sentistes na separação de amiga tão santa. Creio que está gozando do seu soberano Bem, que a faz poderosíssima para nos dar os testemunhos de verdadeira amizade. Ele de nada precisa, e creio que está bem elevada na glória entre os Serafins, que têm a missão de prestar contínua homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, para reparar as tristes amarguras que sofreu e sofre ainda no SS. Sacramento, da ingratidão e frieza dos nossos. Ela tem grande poder para nos ajudar. É quanto vos posso dizer. Finalmente, minha querida Mãe, estamos encantadas com a vida desta santa religiosa. Assim Deus nos dê a graça de imitar as suas virtudes».
Depois de ouvir estas tão consoladoras promessas, só nos resta exclamar: Oh! mil vezes felizes dos que morrem no Sagrado Coração6! Beali mortui qui in Domino moriuntur!.
_______Continua…
☞ NOTA: Substituímos a designação da vidente de “Bem-aventurada” por “Santa” Margarida Maria.
Receba o conteúdo deste blog gratuitamente. Cadastre seu e-mail abaixo.
_____________
1 Cartas 12, 33, 110, 116 e 124. - Avisos 15.
2 Carta 82.
3 S. Marcos X, 20.
4 Cartas 30, 37, 53, 58. - Vida e obras da Bem-aventurada, vol. 2, p. 481.
5 Apoc. XIV, 13.
6 Apoc. XIV, 13.
FONTE: livro, em formato PDF: “O Coração de Jesus Segundo a Doutrina da Beata Margarida Maria Alacoque”, por um Oblato de Maria Imaculada, Capelão de Montmartre, Editor Manoel Pedro dos Santos, Lisboa/1907, Sexta Parte – As Promessas do Sagrado Coração, pp. 268-279 – Texto revisto e atualizado, sendo alguns destaques por nós acrescentados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário