«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

HORA SANTA DO MÊS DE OUTUBRO

 HORA SANTA DO MÊS DE OUTUBRO


Primeiramente me hás de receber no SS. Sacramento, sempre que a obediência te quiser conceder, por mais mortificações e humilhações que daí te hajam de vir, as quais tu deves receber como penhores do meu amor. E além disso hás de comungar todas as primeiras sextas-feiras de cada mês; e todas as noites da quinta para sexta-feira far-te-ei participar daquela mortal tristeza que eu quis sentir no Horto, tristeza que te há de reduzir a uma espécie de agonia mais angustiosa que a morte.

E para me acompanhares na humilde oração que eu apresentei a meu Pai, no meio de todas as minhas angústias; todas as quintas-feiras, levantar-te-ás entre as onze horas e meia-noite para comigo prostrares durante uma hora, com o rosto em terra, assim para aplacar a ira divina, pedindo misericórdia para com os pecadores, como para adoçar, de alguma maneira, a amargura que eu sentia com o desamparo em que me deixavam meus apóstolos, o qual me obrigou a lançar-lhes em rosto não o terem podido velar uma hora comigo. (palavras do Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque, acerca da comunhão reparadora das primeiras Sextas-feiras e Horas Santas)

☆ ☆ ☆

Acesse por aqui uma das Horas Santas de Junho que já publicamos, propostas por Santo Afonso Maria de Ligório ou pelo Pe. Mateo Crawley-Boevey.

Abaixo, a sugestão de um texto para meditação. Convém que, após a meditação, sejam acrescidas orações ao Sagrado Coração de Jesus, especialmente de caráter reparador.



DA ORAÇÃO NO HORTO – II MEDITAÇÃO


Posto o Senhor em oração, foi tanta sua amargura, tão forte a aflição do seu espirito, que, tendo naturalmente um coração bem largo, e estando em toda a sua vida acostumado aos trabalhos; sendo por outra parte santíssimo, e tendo uma paciência e virtude infinita, não obstante tudo isto, observou-se no Senhor o mais estranho e nunca visto efeito de uma cruelíssima aflição: muda a cor do rosto, o semblante faz-se vermelho, começa um novo suor violento e geral, aparece sangue na testa, sangue na face, sua sangue até nas mãos, sangue por todo o corpo; repassa o suor as vestiduras santas, chega à terra, e não se vai senão sangue sem feridas, sangue saindo à força da aflição por todos os poros do sacratíssimo corpo. E em que estado estaria o seu coração nesta hora? Pois sabe, alma atribulada, que toda esta aflição que padecia o teu Jesus, é por teu respeito. Mede agora uma aflição com outra, e conhecerás quanto deves ao teu Deus e quão pouco te deve Ele a ti: se a tua agonia te faz chorar lágrimas, a de teu Jesus o fez suar sangue; se a tua pena te fere o coração, quanto mais aflito estaria por tua causa o do Senhor nesta ocasião! Ah! filho meu! crê firmemente que, se é amargoso o cálice que o Eterno Pai te a provar, muitas mais vezes tinha, sem comparação, o que, por teu amor, deu a beber a seu Unigênito Filho. Prostra-te, pois, aos pés de Jesus Cristo no Horto, e dize: Senhor, aqui tendes o meu coração, aqui o tendes: apertai-o quanto quiserdes, até derramar sangue, se for vossa vontade, já que tão apertado esteve a vosso a meu respeito.


JACULATÓRIA: Meu Deus, tende o meu coração seguro na vossa mão, e apertai-o quanto quiserdes.



Receba o conteúdo deste blog gratuitamente. Cadastre seu e-mail abaixo.


FONTE: in Thesouro de Paciência nas Chagas de Jesus Christo ou Consolação da Alma Atribulada na Meditação das Penas do Salvador, Padre Theodoro de Almeida, Congregação do Oratório, Livraria Catholica Portuense, Porto-Portugal, 1902, Meditação II, pp. 3-4, obra em formato PDF, obtida do blog Alexandria Católica – Texto revisto e atualizado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário