«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

terça-feira, 16 de junho de 2020

NOVENA EM HONRA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Sétimo Dia + 1

NOVENA EM HONRA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

De 10 a 18 de Junho – Festa, 19 de Junho


SÉTIMO DIA: O CORAÇÃO DE JESUS, ABISMO DE IMENSA PIEDADE


ORAÇÃO PREPARATÓRIA:


Lembrai-vos, ó dulcíssimo Jesus, que nunca se ouviu dizer que alguém recorrendo com confiança ao vosso Sagrado Coração, implorando vossa divina assistência e reclamando a vossa infinita misericórdia, fosse por Vós abandonado. Possuído, pois, e animado da mesma confiança, ó Coração Sagrado de Jesus, Rei de todos os corações, recorro a Vós, e gemendo debaixo do peso de meus pecados, prostro-me diante de Vós. Meu Jesus, pelo Vosso precioso Sangue e pelo amor de vosso Divino Coração, peço-vos não desprezeis as minhas súplicas, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.


MEDITAÇÃO DO DIA


Pondera, alma minha, que é tão piedoso este amante Coração, que a ninguém nega sua piedade; tanto que se alguma alma aflita recorre a Ele com viva fé, logo acode a consolá-la com seu remédio; tanto que quando vê algum atribulado, logo corre, piedoso, para ele com seu afeto para o socorrer. Vendo-se ofendido com as nossas culpas, dissimula tudo, e espera o nosso arrependimento para nos perdoar. Se depois de arrependidos tornamos a cair nas mesmas misérias, ainda não cansa a sua paciência, ainda não esgota a sua misericórdia, ainda não fecha as portas da sua piedade, mas antes, nos busca com auxílios e nos chama com repetidas inspirações, e se nos voltamos para Ele, logo se alegra e se põe bem conosco. E crendo tu, alma minha, tudo isto, não morres de amor por este Coração?


Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.


Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.


ORAÇÃO FINAL:


Dulcíssimo Coração de Jesus, vosso precioso Sangue é a vida da minha alma, só em Vós quero viver, só a vós quero amar e servir. Pela sede ardente que Vos abrasa de me salvar, iluminai o meu espírito com a luz de vossa Divina Graça. Santificai o meu coração, fortalecei a minha vontade, perdoai os meus pecados e curai todas as minhas misérias. Aumentai minha fé, fortificai a minha esperança e acendei em mim cada vez mais o fogo do vosso santo amor. Concedei-me, enfim, todas as graças que espero alcançar com esta novena. Ó dulcíssimo Jesus, vivei em mim agora e por todo o sempre. Amém.


Doce Coração de Jesus, fazei que eu vos ame cada vez mais.


LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO



Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.



Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.



Pai Celeste que sois Deus, tende piedade de nós.

Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.



Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, de majestade infinita, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, casa de Deus e porta do Céu, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, cheio de bondade e amor, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, digníssimo de todo louvor, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e da ciência, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, no qual habita toda plenitude da divindade, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, no qual o Pai Celeste põe as suas complacências, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, paciente e misericordioso, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, saturado de opróbrios, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, feito obediente até a morte, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, atravessado pela lança, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, salvação dos que em Vós esperam, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, esperança dos que em Vós expiram, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, delícias de todos os santos, tende piedade de nós.



Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.



. Jesus, manso e humilde de coração,

. Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

Oremos: Onipotente e sempiterno Deus, olhai para o coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que Ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso filho, que convosco vive e reina, juntamente com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.



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FONTE: http://www.assumptaest.org/ns/wp-content/uploads/2018/06/Novena-em-honra-do-Sagrado-Cora%C3%A7%C3%A3o-de-Jesus.pdf


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A SEGUNDA REVELAÇÃO — SENTIDAS QUEIXAS: A COMUNHÃO DA PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS E A HORA SANTA.



A segunda revelação realizou-se no ano seguinte (Vide Aqui a Primeira Revelação). «Uma vez em que estava exposto o SS. Sacramento, narra a santa, senti-me toda concentrada em mim mesma por um recolhimento extraordinário; apresentou-se-me Jesus Cristo, meu dulcíssimo Mestre, todo radiante de glória, com as suas cinco chagas a resplandecerem como cinco sóis. Da sua humanidade sacratíssima saíam chamas por toda a parte, mas principalmente do sou adorável peito, que ardia como uma fornalha; abrindo-o, descobriu-me Ele o seu amantíssimo Coração nascente viva de todas aquelas labaredas. Patenteou-me as maravilhas inefáveis do seu amor e até que excesso de caridade este o havia impelido ao amor dos homens, dos quais só recebia ingratidões. Isto, acrescentou, é mais doloroso do que tudo o que sofri na minha Paixão, tanto que, se me retribuíssem o que fiz com algum sinal de amor, teria por pouco tudo o que sofri por eles e quisera, se possível fosse, fazer ainda mais; entretanto só correspondem com friezas e repulsas a todas as minhas solicitudes. Dá-me, ao menos tu, esta alegria, suprindo quanto puderes a sua ingratidão.»

Assim, depois de ter mostrado na primeira revelação o verdadeiro princípio da nova devoção, isto é, um amor, cujo fogo já não podia conter no seu peito, Nosso Senhor agora lhe revela o caráter. Será uma reparação honrosa, uma expiação de todos os delitos do mundo, uma consolação para o seu Coração abandonado. Margarida, humilde, desculpou-se, alegando a sua insuficiência. «Toma, replicou-lhe Jesus, o com que possas suprir ao que te falta». E dizendo isto abriu-se o Coração Divino e desprendeu-se dele uma chama tão ardente que lhe fez pensar ficaria toda consumida; não podendo resistir-lhe ao ardor, pediu ao Senhor tivesse compaixão da sua fraqueza. Jesus respondeu-lhe que não temesse, pois Ele seria a sua força. Pediu-lhe duas coisas, para dispô-la ao cumprimento dos seus desígnios: em primeiro lugar, que comungasse todas as primeiras sextas feiras de cada mês, para reparar as injúrias que recebia no SS. Sacramento; em segundo lugar, que se levantasse todas as semanas na noite de quinta para sexta feira, entre as onze e a meia noite e se prostrasse durante uma hora com a face a terra, em expiação de todos os pecados dos homens e para consolar o seu Coração deste sensível abandono, do qual o sono dos Apóstolos no jardim das Oliveiras, era apenas um ligeiro anúncio e uma pálida imagem.

Durante estas maravilhas a santa estava fora de si e já não sentia nem via nada do que se passava na terra. Tiveram que retirá-la de lá e, visto como não respondia nem podia manter-se em pé, levaram-na à presença da superiora. A voz da obediência chamou-a a si. Narrou então à Madre tudo o que se passara entre ela e o Esposo Divino. A prudente diretora, para conservá-la humilde no meio de graças tão assinaladas, mostrou que não acreditava e humilhou-a de mil maneiras. Margarida experimentou com isto um grande prazer e a mesma satisfação que os homens do mundo sentem ao verem-se honrados. Via-se de tal maneira culpada e cheia de confusão, que qualquer tratamento rigoroso lhe parecia por demais suave. Assim procedem os santos: quanto mais se veem honrados por Deus, mais se abaixam e se humilham na consideração do seu nada. Mas o fogo de amor que a devorava, causou-lhe uma febre contínua, que ela suportou com grande alegria, sem dizer palavra, até que lhe faltaram as forças para se conservar de pé. «Entretanto, diz ela, nunca senti tanta consolação, porque todo o meu corpo sofria dores horríveis, as quais saciavam em parte a sede extrema que eu tinha de sofrer. Este fogo devorador só se alimenta e se contenta com o lenho da Cruz, com toda a sorte de desprezos, humilhações e dores; nunca sentia sofrimentos iguais aos que padecia com a privação deles».

A febre era escaldante e agravava-se em acessos continuados, sem haver remédio algum capaz de lhe atenuar a intensidade. A superiora, pesarosa em extremo, aproximou-se do leito da agonizante e ordenou-lhe, em nome da obediência, que pedisse a Deus a saúde, dizendo que, com este sinal, reconheceria que tudo o que nela se passava provinha do Céu. Prometeu deixá-la comungar nas primeiras sextas-feiras de cada mês e permitir-lhe a hora de adoração na noite da quinta para sexta. Margarida sentiu forte repugnância em pedir a cessação dos seus sofrimentos; mas, à voz da obediência, não hesitou. Coisa admirável! Apenas acabava de proferir uma breve oração, cessou a febre, o pulso normalizou-se e ela readquiriu a primitiva saúde, voltando imediatamente a atender aos exercícios da comunidade.

Jesus, porém, que, conforme lhe prometera, queria iniciá-la nas dores da sua Paixão, depois de a ter curado, permitiu que fosse amargurada de um modo atroz. A cura instantânea da enfermidade que já lhe estava entreabrindo o sepulcro, despertou a atenção de toda a comunidade; e a Superiora julgou oportuno mandar examinar por pessoas competentes as graças assinaladas que ela recebia.

A santidade da irmã era evidente; tendo, porém, 26 anos de idade e só dois de profissão, não poderia ela ser iludida pelo espírito maligno, transfigurado em anjo de luz? As visões que ela narrava eram extraordinárias, inauditas: não seria prudente pedir conselhos a pessoas instruídas? Parece, porém, que, nas conferências que teve com os seus examinadores, a santa, tímida e humilde como era, se tivesse explicado mal, sendo-lhe por esse motivo pouco favorável o julgamento. Disseram-lhe que em todas aquelas visões havia muita fantasia, um pouco do seu temperamento e talvez mesmo algumas ilusões do espírito maligno. A infeliz Margarida sentiu o coração traspassado pelo cutelo da dor e bebeu a largos haustos no cálix da Paixão. Persuadindo-se que estava em erro, fazia todos os esforços para resistir às graças extraordinárias com que Deus a visitava; como, porém, nada conseguia, sobreveio-lhe a dúvida cruel de que tivesse sido abandonada. É impossível descrever as inquietações e as angústias que sobrevieram à sua alma, abandonada assim às agonias do Getsêmani. Um dia em que experimentava todas as dores do Calvário e expandia o seu coração angustiado aos pés do SS. Sacramento, seu único conforto e refugio no meio do abandono total dos homens, pareceu-lhe ouvir uma voz dizer-lhe: «Tem paciência e espera que venha o meu servo» (São Cláudio de la Columbière). Não compreendeu de pronto a que aludiam aquelas palavras, mas estas calaram-lhe no espírito como celeste bálsamo, pois entendeu que Deus viria em seu auxílio em tempo oportuno.


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FONTE: opúsculo Santa Margarida Maria Alacoque A esposa do Sagrado Coração de Jesus História da sua Vida, Compilada pelo Servo de Deus Pe. André Beltrami da Pia Sociedade Salesiana, Escolas Profissionais do Lyceu C. de Jesus, 2ª edição brasileira, São Paulo/1932, excertos do Cap. XVII, pp. 49-51. Obra em formato PDF obtido do blog Alexandria Católica – Texto revisto e atualizado, o título é nosso.


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