NOVENA
EM HONRA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
De
10 a 18 de Junho – Festa, 19 de Junho
SÉTIMO
DIA: O
CORAÇÃO DE JESUS, ABISMO DE IMENSA PIEDADE
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA:
Lembrai-vos,
ó dulcíssimo Jesus, que nunca se ouviu dizer que alguém recorrendo
com confiança ao vosso Sagrado Coração, implorando vossa divina
assistência e reclamando a vossa infinita misericórdia, fosse por
Vós abandonado. Possuído, pois, e animado da mesma confiança, ó
Coração Sagrado de Jesus, Rei de todos os corações, recorro a
Vós, e gemendo debaixo do peso de meus pecados, prostro-me diante de
Vós. Meu Jesus, pelo Vosso precioso Sangue e pelo amor de vosso
Divino Coração, peço-vos não desprezeis as minhas súplicas, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
MEDITAÇÃO
DO DIA
Pondera,
alma minha, que é tão piedoso este amante Coração, que a ninguém
nega sua piedade; tanto que se alguma alma aflita recorre a Ele com
viva fé, logo acode a consolá-la com seu remédio; tanto que quando
vê algum atribulado, logo corre, piedoso, para ele com seu afeto
para o socorrer. Vendo-se ofendido com as nossas culpas, dissimula
tudo, e espera o nosso arrependimento para nos perdoar. Se depois de
arrependidos tornamos a cair nas mesmas misérias, ainda não cansa a
sua paciência, ainda não esgota a sua misericórdia, ainda não
fecha as portas da sua piedade, mas antes, nos busca com auxílios e
nos chama com repetidas inspirações, e se nos voltamos para Ele,
logo se alegra e se põe bem conosco. E crendo tu, alma minha, tudo
isto, não morres de amor por este Coração?
Padre
Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
Jesus
manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao
Vosso.
ORAÇÃO
FINAL:
Dulcíssimo
Coração de Jesus, vosso precioso Sangue é a vida da minha alma, só
em Vós quero viver, só a vós quero amar e servir. Pela sede
ardente que Vos abrasa de me salvar, iluminai o meu espírito com a
luz de vossa Divina Graça. Santificai o meu coração, fortalecei a
minha vontade, perdoai os meus pecados e curai todas as minhas
misérias. Aumentai minha fé, fortificai a minha esperança e
acendei em mim cada vez mais o fogo do vosso santo amor. Concedei-me,
enfim, todas as graças que espero alcançar
com esta novena. Ó dulcíssimo Jesus, vivei em mim agora e por todo
o sempre. Amém.
Doce
Coração de Jesus, fazei que eu vos ame cada vez mais.
LADAINHA
DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor,
tende
piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende
piedade de nós.
Senhor,
tende
piedade de nós.
Jesus
Cristo, ouvi-nos.
Jesus
Cristo, atendei-nos.
Pai
Celeste que sois Deus, tende
piedade de nós.
Filho,
Redentor do mundo, que sois Deus, tende
piedade de nós.
Espírito
Santo, que sois Deus, tende
piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, de majestade infinita, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, templo santo de Deus, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, casa de Deus e porta do Céu, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, receptáculo de justiça e amor, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, cheio de bondade e amor, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, abismo de todas as virtudes, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, digníssimo de todo louvor, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, rei e centro de todos os corações, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e da ciência,
tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, no qual habita toda plenitude da divindade, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, no qual o Pai Celeste põe as suas complacências, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, desejo das colinas eternas, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, paciente e misericordioso, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, rico para todos os que vos invocam, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, fonte de vida e santidade, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, propiciação para os nossos pecados, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, saturado de opróbrios, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, feito obediente até a morte, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, atravessado pela lança, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, fonte de toda a consolação, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, vítima dos pecadores, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, salvação dos que em Vós esperam, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, esperança dos que em Vós expiram, tende
piedade de nós.
Coração
de Jesus, delícias de todos os santos, tende
piedade de nós.
Cordeiro
de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos
Senhor.
Cordeiro
de Deus que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro
de Deus que tirais os pecados do mundo, tende
piedade de nós.
℣
.
Jesus, manso e humilde de coração,
℟
.
Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Oremos:
Onipotente e sempiterno Deus, olhai para o coração de vosso
diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que Ele vos
tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa
misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus
Cristo, vosso filho, que convosco vive e reina, juntamente com o
Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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FONTE:
http://www.assumptaest.org/ns/wp-content/uploads/2018/06/Novena-em-honra-do-Sagrado-Cora%C3%A7%C3%A3o-de-Jesus.pdf
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A
SEGUNDA REVELAÇÃO — SENTIDAS QUEIXAS: A COMUNHÃO DA PRIMEIRA
SEXTA-FEIRA DO MÊS E A HORA SANTA.
“A
segunda revelação realizou-se no ano seguinte (Vide Aqui a Primeira Revelação). «Uma vez em que
estava exposto o SS. Sacramento, narra a santa, senti-me toda
concentrada em mim mesma por um recolhimento extraordinário;
apresentou-se-me Jesus Cristo, meu dulcíssimo Mestre, todo radiante
de glória, com as suas cinco chagas a resplandecerem como cinco
sóis. Da sua humanidade sacratíssima saíam chamas por toda a
parte, mas principalmente do sou adorável peito, que ardia como uma
fornalha; abrindo-o, descobriu-me Ele o seu amantíssimo Coração
nascente viva de todas aquelas labaredas. Patenteou-me as maravilhas
inefáveis do seu amor e até que excesso de caridade este o havia
impelido ao amor dos homens, dos quais só recebia ingratidões.
Isto, acrescentou, é mais doloroso do que tudo o que sofri
na minha Paixão, tanto que, se me retribuíssem o que fiz com algum
sinal de amor, teria por pouco tudo o que sofri por eles e quisera,
se possível fosse, fazer ainda mais; entretanto só correspondem com
friezas e repulsas a todas as minhas solicitudes. Dá-me, ao menos
tu, esta alegria, suprindo quanto puderes a sua ingratidão.»
Assim,
depois de ter mostrado na primeira revelação o verdadeiro princípio
da nova devoção, isto é, um amor, cujo fogo já não podia conter
no seu peito, Nosso Senhor agora lhe revela o caráter. Será uma
reparação honrosa, uma expiação de todos os delitos do mundo, uma
consolação para o seu Coração abandonado. Margarida, humilde,
desculpou-se, alegando a sua insuficiência. «Toma,
replicou-lhe Jesus, o
com que possas suprir ao que te falta». E
dizendo isto abriu-se o Coração Divino e desprendeu-se dele uma
chama tão ardente que lhe fez pensar ficaria toda consumida; não
podendo resistir-lhe ao ardor, pediu ao Senhor tivesse compaixão da
sua fraqueza. Jesus respondeu-lhe que não temesse, pois Ele seria a
sua força. Pediu-lhe
duas coisas, para dispô-la ao cumprimento dos seus desígnios:
em
primeiro lugar, que comungasse todas as primeiras sextas feiras de
cada mês, para reparar as injúrias que recebia no SS. Sacramento;
em segundo lugar, que se levantasse todas as semanas na noite de
quinta para sexta feira, entre as onze e a meia
noite e se prostrasse durante uma hora com a face a terra, em
expiação de todos os pecados dos homens e para consolar o seu
Coração deste sensível abandono, do qual o sono dos Apóstolos no
jardim das Oliveiras, era apenas um ligeiro anúncio e uma pálida
imagem.
Durante
estas maravilhas a santa estava fora de si e já não sentia nem via
nada do que se passava na terra. Tiveram que retirá-la de lá e,
visto como não respondia nem podia manter-se em pé, levaram-na à
presença da superiora. A voz da obediência chamou-a a si. Narrou
então à Madre tudo o que se passara entre ela e o Esposo Divino. A
prudente diretora, para conservá-la humilde no meio de graças tão
assinaladas, mostrou que não acreditava e humilhou-a de mil
maneiras. Margarida experimentou com isto um grande prazer e a mesma
satisfação que os homens do mundo sentem ao verem-se honrados.
Via-se de tal maneira culpada e cheia de confusão, que qualquer
tratamento rigoroso lhe parecia por demais suave. Assim procedem os
santos: quanto mais se veem honrados por Deus, mais se abaixam e se
humilham na consideração do seu nada. Mas o fogo de amor que a
devorava, causou-lhe uma febre contínua, que ela suportou com grande
alegria, sem dizer palavra, até que lhe faltaram as forças para se
conservar de pé. «Entretanto,
diz ela, nunca
senti tanta consolação, porque todo o meu corpo sofria dores
horríveis, as quais saciavam em parte a sede extrema que eu tinha de
sofrer. Este fogo devorador só se alimenta e se contenta com o lenho
da Cruz, com toda a sorte de desprezos, humilhações e dores; nunca
sentia sofrimentos iguais aos que padecia com a privação deles».
A
febre era escaldante e agravava-se em acessos continuados, sem haver
remédio algum capaz de lhe atenuar a intensidade. A superiora,
pesarosa em extremo, aproximou-se do leito da agonizante e
ordenou-lhe, em nome da obediência, que pedisse a Deus a saúde,
dizendo que, com este sinal, reconheceria que tudo o que nela se
passava provinha do Céu. Prometeu deixá-la comungar nas primeiras
sextas-feiras de cada mês e permitir-lhe a hora de adoração na
noite da quinta para sexta. Margarida sentiu forte repugnância em
pedir a cessação dos seus sofrimentos; mas, à voz da obediência,
não hesitou. Coisa admirável! Apenas acabava de proferir uma breve
oração, cessou a febre, o pulso normalizou-se e ela readquiriu a
primitiva saúde, voltando imediatamente a atender aos exercícios da
comunidade.
Jesus,
porém, que, conforme lhe prometera, queria iniciá-la nas dores da
sua Paixão, depois de a ter curado, permitiu que fosse amargurada de
um modo atroz. A cura instantânea da enfermidade que já lhe estava
entreabrindo o sepulcro, despertou a atenção de toda a comunidade;
e a Superiora julgou oportuno mandar examinar por pessoas competentes
as graças assinaladas que ela recebia.
A santidade da irmã era
evidente; tendo, porém, 26 anos de idade e só dois de profissão,
não poderia ela ser iludida pelo espírito maligno, transfigurado em
anjo de luz? As visões que ela narrava eram extraordinárias,
inauditas: não seria prudente pedir conselhos a pessoas instruídas?
Parece, porém, que, nas conferências que teve com os seus
examinadores, a santa, tímida e humilde como era, se tivesse
explicado mal, sendo-lhe por esse motivo pouco favorável o
julgamento. Disseram-lhe que em todas aquelas visões havia muita
fantasia, um pouco do seu temperamento e talvez mesmo algumas ilusões
do espírito maligno. A infeliz Margarida sentiu o coração
traspassado pelo cutelo da dor e bebeu a largos haustos no cálix da
Paixão. Persuadindo-se que estava em erro, fazia todos os esforços
para resistir às graças extraordinárias com que Deus a visitava;
como, porém, nada conseguia, sobreveio-lhe a dúvida cruel de que
tivesse sido abandonada. É impossível descrever as inquietações e
as angústias que sobrevieram à sua alma, abandonada assim às
agonias do Getsêmani. Um dia em que experimentava todas as dores do
Calvário e expandia o seu coração angustiado aos pés do SS.
Sacramento, seu único conforto e refugio no meio do abandono total
dos homens, pareceu-lhe ouvir uma voz dizer-lhe: «Tem
paciência e espera que venha o meu servo»
(São Cláudio de la Columbière).
Não
compreendeu de pronto a que aludiam aquelas palavras, mas estas
calaram-lhe no espírito como celeste bálsamo, pois entendeu que
Deus viria em seu auxílio em tempo oportuno.”
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FONTE:
opúsculo Santa
Margarida Maria Alacoque A esposa do Sagrado Coração de Jesus
História da sua Vida, Compilada
pelo Servo de Deus Pe. André Beltrami da Pia Sociedade Salesiana,
Escolas Profissionais do Lyceu C. de Jesus, 2ª edição brasileira,
São Paulo/1932,
excertos
do Cap. XVII, pp. 49-51. Obra em formato PDF obtido do blog
Alexandria
Católica
– Texto revisto e atualizado, o título é nosso.