PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS DE DEZEMBRO, DEDICADA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
A
HUMILDADE DE CORAÇÃO
SEGUNDO
O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS*
Ó
Jesus manso e humilde de Coração, fazei o meu coração semelhante
ao Vosso.
1
– Só uma vez Jesus disse expressamente: aprendei de Mim, e disse-o
a propósito da humildade: “Aprendei de Mim
que Sou manso e humilde de Coração”.(Mt
11, 29) Sabendo bem como seria difícil à nossa natureza orgulhosa,
a prática da verdadeira humildade, parece ter querido dar-nos assim
um particular estímulo. O Seu exemplo, as Suas inauditas humilhações
que O tornaram “o opróbrio dos homens e a
abjeção da plebe”,(Sl 21, 7) que por nós
O “fizeram pecado”(II Cor. 5, 21) e que O carregaram com todas as
nossas iniquidades, até ao ponto de ser “contado
entre os maus”,(Mc 15, 28) são o maior
estímulo e o maior convite à prática da humildade.
Jesus
fala-nos diretamente da humildade do coração porque toda a virtude,
toda a reforma de vida, para serem sinceras devem provir do coração,
de onde vêm os pensamentos e as ações. Uma atitude exterior, um
modo de falar humilde, são vãos sem a humildade de coração e são
muitas vezes a máscara de um orgulho refinado e por isso mais
perigoso. “Purificai
primeiro o que está dentro
– dizia Jesus condenando a hipocrisia dos fariseus – para
que também o que está fora fique limpo”.(Mt
23, 26) E Santo Tomás ensina que “da disposição interior para a
humildade procedem certos sinais nas palavras, nos gestos, nas ações,
mediante os quais se manifesta no exterior o que está escondido no
interior”.(Iia
Iae, q. 161, a 6.)
Se
queres, pois, ser verdadeiramente humilde, exercita-te acima de tudo
na humildade do coração, aprofundando cada vez mais o conhecimento
sincero do teu nada e da tua pequenez. Aprende a reconhecer
sinceramente os teus defeitos, as tuas faltas, sem as quereres
atribuir senão à tua miséria, e reconhece o bem que está em ti
como puro dom de Deus, nunca o julgando propriedade tua.
2
– A humildade do coração é uma virtude difícil e fácil ao
mesmo tempo; difícil, porque contraria o orgulho que nos leva a
exalta-nos; fácil, porque não precisamos de ir longe procurar-lhe
as causas, já que as temos – e com que abundância! – em nós
próprios, na nossa miséria. Para sermos humildes, porém, não
basta sermos miseráveis; só é humilde quem reconhece sinceramente
a própria miséria e age em consequência.
Como
o homem é soberbo por instinto, não pode chegar a este
reconhecimento sem a graça de Deus. Mas como Deus não recusa a
ninguém as graças necessárias, dirigi-te a Ele e, com confiança e
constância, pede-lhe a humildade do coração. Pede-lha em nome de
Jesus que tanto Se humilhou para a glória do Pai e para tua
salvação, “pede em seu nome e
receberás”.(Jo 16, 24) Se apesar do
desejo sincero de te tornares humilde, sentes, muitas vezes,
agitarem-se em ti movimentos de orgulho, de vanglória, de vã
complacência, em vez de desanimares, reconhece-os como fruto da tua
má natureza e serve-te deles como de um novo motivo para te
humilhares.
Lembra-te,
além disso, de que podes praticar sempre a humildade do coração,
mesmo quando não puderes fazer atos particulares e exteriores de
humildade, quando ninguém te humilha, quando até pelo contrário,
és alvo da confiança, da estima, do louvor dos outros. Santa Teresa
do Menino Jesus dizia em tais circunstâncias: “Isto não poderia
inspirar-me vaidade, tenho continuamente presente no pensamento, a
lembrança do que sou”;(M.C.
pág. 297.)
e tu pensa que “não
és mais santo por ser louvado ou mais pecador por ser
censurado”.(Imit.
II, 6, 3.)
Assim quanto mais te exaltarem, mais deves te humilhar em teu
coração. Praticada desta maneira, a humildade do coração far-te-á
conceber tão baixo conceito de ti mesmo, que jamais serás capaz de
preferir-te a alguém, pois todos julgarás melhores do que tu, mais
dignos de estima, de respeito, de consideração; assim estarás em
paz, nunca sendo perturbado pelo desejo de superar os outros nem
pelas humilhações recebidas. A paz interior é fruto da humildade,
pois Jesus disse: “Aprendei
de Mim que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para
as vossas almas”.(Mt
11, 29)
*Administração
Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, “Vivendo a Quaresma”,
Meditação sobre “A Humildade de Coração”, pp. 175-176;
Edições Apostólicas, Campos dos Goytacazes-RJ, 2010.
ORAÇÃO
PARA ENTRAR NA ESCOLA DO CORAÇÃO DE JESUS
Jesus,
que dissestes: “Aprendei de mim que sou manso e humilde
coração”. Por vós é que
“todos somos ensinados para Deus”. Vós nos revelais o Pai e todo
o amor que ele nos tem. Também queremos tornar-nos discípulos de
vosso Coração. Tende somente pena de nossa cabeça dura e de nosso
coração lento para acreditar. Mas com paciência e bondade,
transmiti-nos “a ciência sublime que ultrapassa todo conhecimento,
a de vossa caridade”, que nos fará penetrar em vossa plenitude.
Ensinai-nos os mistérios de vosso Reino; mas, porque nos é
necessário para os compreender, torna-nos pequeninos, fazei nossos
corações semelhantes ao vosso, corações de crianças simples e
que confiam, dóceis a tanto amor que nos quer iluminar de tanta luz.
Coração de Jesus, instruí-nos com vossas noções de vida, mas
sobretudo e antes de mais nada, partilhai conosco a doçura e
humildade de vosso próprio Coração.
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FONTES:
1. texto: blog Cum Petro et sub Petro Semper;
2. oração: opúsculo Orações ao Coração de Jesus,
Pe. Artur Schwab, S.V.D., Edições Loyola, 2ª edição/1987, p. 33.
Ó
Jesus manso e humilde de Coração, fazei o meu coração semelhante
ao Vosso.
1
– Só uma vez Jesus disse expressamente: aprendei de Mim, e disse-o
a propósito da humildade: “Aprendei de Mim
que Sou manso e humilde de Coração”.(Mt
11, 29) Sabendo bem como seria difícil à nossa natureza orgulhosa,
a prática da verdadeira humildade, parece ter querido dar-nos assim
um particular estímulo. O Seu exemplo, as Suas inauditas humilhações
que O tornaram “o opróbrio dos homens e a
abjeção da plebe”,(Sl 21, 7) que por nós
O “fizeram pecado”(II Cor. 5, 21) e que O carregaram com todas as
nossas iniquidades, até ao ponto de ser “contado
entre os maus”,(Mc 15, 28) são o maior
estímulo e o maior convite à prática da humildade.
Jesus
fala-nos diretamente da humildade do coração porque toda a virtude,
toda a reforma de vida, para serem sinceras devem provir do coração,
de onde vêm os pensamentos e as ações. Uma atitude exterior, um
modo de falar humilde, são vãos sem a humildade de coração e são
muitas vezes a máscara de um orgulho refinado e por isso mais
perigoso. “Purificai
primeiro o que está dentro
– dizia Jesus condenando a hipocrisia dos fariseus – para
que também o que está fora fique limpo”.(Mt
23, 26) E Santo Tomás ensina que “da disposição interior para a
humildade procedem certos sinais nas palavras, nos gestos, nas ações,
mediante os quais se manifesta no exterior o que está escondido no
interior”.(Iia
Iae, q. 161, a 6.)
Se
queres, pois, ser verdadeiramente humilde, exercita-te acima de tudo
na humildade do coração, aprofundando cada vez mais o conhecimento
sincero do teu nada e da tua pequenez. Aprende a reconhecer
sinceramente os teus defeitos, as tuas faltas, sem as quereres
atribuir senão à tua miséria, e reconhece o bem que está em ti
como puro dom de Deus, nunca o julgando propriedade tua.
2
– A humildade do coração é uma virtude difícil e fácil ao
mesmo tempo; difícil, porque contraria o orgulho que nos leva a
exalta-nos; fácil, porque não precisamos de ir longe procurar-lhe
as causas, já que as temos – e com que abundância! – em nós
próprios, na nossa miséria. Para sermos humildes, porém, não
basta sermos miseráveis; só é humilde quem reconhece sinceramente
a própria miséria e age em consequência.
Como
o homem é soberbo por instinto, não pode chegar a este
reconhecimento sem a graça de Deus. Mas como Deus não recusa a
ninguém as graças necessárias, dirigi-te a Ele e, com confiança e
constância, pede-lhe a humildade do coração. Pede-lha em nome de
Jesus que tanto Se humilhou para a glória do Pai e para tua
salvação, “pede em seu nome e
receberás”.(Jo 16, 24) Se apesar do
desejo sincero de te tornares humilde, sentes, muitas vezes,
agitarem-se em ti movimentos de orgulho, de vanglória, de vã
complacência, em vez de desanimares, reconhece-os como fruto da tua
má natureza e serve-te deles como de um novo motivo para te
humilhares.
Lembra-te,
além disso, de que podes praticar sempre a humildade do coração,
mesmo quando não puderes fazer atos particulares e exteriores de
humildade, quando ninguém te humilha, quando até pelo contrário,
és alvo da confiança, da estima, do louvor dos outros. Santa Teresa
do Menino Jesus dizia em tais circunstâncias: “Isto não poderia
inspirar-me vaidade, tenho continuamente presente no pensamento, a
lembrança do que sou”;(M.C.
pág. 297.)
e tu pensa que “não
és mais santo por ser louvado ou mais pecador por ser
censurado”.(Imit.
II, 6, 3.)
Assim quanto mais te exaltarem, mais deves te humilhar em teu
coração. Praticada desta maneira, a humildade do coração far-te-á
conceber tão baixo conceito de ti mesmo, que jamais serás capaz de
preferir-te a alguém, pois todos julgarás melhores do que tu, mais
dignos de estima, de respeito, de consideração; assim estarás em
paz, nunca sendo perturbado pelo desejo de superar os outros nem
pelas humilhações recebidas. A paz interior é fruto da humildade,
pois Jesus disse: “Aprendei
de Mim que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para
as vossas almas”.(Mt
11, 29)
*Administração
Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, “Vivendo a Quaresma”,
Meditação sobre “A Humildade de Coração”, pp. 175-176;
Edições Apostólicas, Campos dos Goytacazes-RJ, 2010.
ORAÇÃO
PARA ENTRAR NA ESCOLA DO CORAÇÃO DE JESUS
Jesus,
que dissestes: “Aprendei de mim que sou manso e humilde
coração”. Por vós é que
“todos somos ensinados para Deus”. Vós nos revelais o Pai e todo
o amor que ele nos tem. Também queremos tornar-nos discípulos de
vosso Coração. Tende somente pena de nossa cabeça dura e de nosso
coração lento para acreditar. Mas com paciência e bondade,
transmiti-nos “a ciência sublime que ultrapassa todo conhecimento,
a de vossa caridade”, que nos fará penetrar em vossa plenitude.
Ensinai-nos os mistérios de vosso Reino; mas, porque nos é
necessário para os compreender, torna-nos pequeninos, fazei nossos
corações semelhantes ao vosso, corações de crianças simples e
que confiam, dóceis a tanto amor que nos quer iluminar de tanta luz.
Coração de Jesus, instruí-nos com vossas noções de vida, mas
sobretudo e antes de mais nada, partilhai conosco a doçura e
humildade de vosso próprio Coração.
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FONTES:
1. texto: blog Cum Petro et sub Petro Semper;
2. oração: opúsculo Orações ao Coração de Jesus,
Pe. Artur Schwab, S.V.D., Edições Loyola, 2ª edição/1987, p. 33.
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