«Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para lhes testemunhar seu amor; e por reconhecimento não recebe da maior parte deles senão ingratidões.»(Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque)

sexta-feira, 5 de julho de 2019

PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS DE JULHO, DEDICADA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


NECESSIDADE DA FÉ

(Pe. Mateo Crawley-Boevey)

Senhor, aumentai a nossa fé” (Lc 17, 5)

A fé é a base de toda vida espiritual e de toda ação apostólica.

Não se pode persuadir aos outros senão na medida em que se está já persuadido: para convencer é preciso estar convencido.

E onde encontrar a persuasão, onde a convicção sobrenatural, divina?

Naquele e somente naquele que Jesus esclarece; naquele e somente naquele que conhece a Jesus Cristo; que o conhece, digo, não de um conhecimento qualquer, vago, superficial, mas de um conhecimento sério, íntimo, integral e profundo. Naquele e somente naquele a quem Jesus Cristo dignou-se revelar os mistérios de seu amor e os segredos de seu Coração, e que se mostrou dócil à sua voz. Pois só Jesus Cristo disse, só ele pôde dizer: “Vós sois meus amigos… Eu vos disse tudo o que ouvi de meu Pai...” (Jo 15, 15).

Eu sou a luz do mundo: aquele que me segue não anda nas trevas, mas possuirá a luz da vida” (Jo 8, 12).

Só ele é a luz porque só ele é a sabedoria de Deus. A sabedoria dos homens, o que eles chamam por esse nome, não passa de loucura, de trevas, a menos que ela seja uma irradiação daquele sol e derive daquela sabedoria mais alta.

Desgraçadamente, somos sábios demais segundo o mundo. Raciocinamos demais. Seria preciso que não tivéssemos cabeça.

A mais sublime sabedoria é a da fé. Somos cheios de sabedoria e de ciência quando cremos. Neste sentido, os grandes sábios, os únicos sábios são os santos.

O que é necessário em todos os tempos, mas principalmente em nossa época, não são sábios segundo o mundo, políticos, pensadores. Se a sua sabedoria não vem de Deus, se ela não deriva da Sabedoria, se ela não é mais que o fruto de sua experiência e de seus trabalhos, se eles só a extraem de si mesmos, ela servirá pouco ou nada.

Sabeis o que é preciso para reerguer o mundo?

Almas de fé, almas de santos, luminosas e simples! …

Precisamos de curas d'Ars! Eles farão mais para o bem da sociedade que todos os sábios e todos os gênios. Por quê? Porque eles participam da luz de Deus; eles a distribuem; eles irradiam o Cristo Jesus e fora de Jesus só há trevas e ilusões.

Vede como eu vos prego, em estilo simples mas afirmativo: eu não discuto, não argumento. Por quê? Será porque eu conto comigo mesmo? De modo algum. Estou convencido, - eu seria um grande criminoso e não o estivesse - afirmo, porque o que digo, não o digo por mim mesmo: é Jesus Cristo quem o diz por mim; é a fé quem ensina o que digo.

Insisto, é preciso viver de fé, não de uma fé vulgar, mas de uma fé luminosa e ativa.

Isso é certo, para todos os cristãos, mas de um modo especial para nós, os apóstolos. Uni apóstolo, com efeito, deve ser um homem todo divinizado pelo espírito de fé. Obrigado como é, por vocação, a mostrar o Filho, a torná-lo conhecido para que ele seja servido e amado, ninguém lhe poderá jamais dar esse conhecimento a não ser o dom do Alto que ele deve obter pela violência de suas súplicas e de seus sacrifícios. Pois está escrito: “Ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo” (Mt 11, 27).

A primeira etapa dessa vida é pois o espírito de fé. Nos é necessário esse espírito para conhecer a Deus.

Deus! Só o verbo é que no-lo pode revelar: arranquemos-lhe o seu segredo.

Essa grande fé nos é necessária para penetrarmos no Coração de Jesus, na sua intimidade; para encontrarmos, não um Jesus diminuído, reduzido – perdoai-me a palavra – um Jesus caricaturado, mas para o encontrarmos na plenitude da beleza, na “magnificência do seu amor”.

É preciso penetrarmos mais fundo que a lança de Longino, para compreender, através dessa grande luz, os tesouros que ele reserva para os seus íntimos e os seus apóstolos.

Se é verdade que "servir o Senhor é reinar", ouso acrescentar: é mais que reinar, é tornar-se conquistador. Sim, conquistador de um mundo que será preciso lançar convertido, transformado, aos pés do Rei de amor. Mas conquistador principalmente do seu Coração, eis aí uma glória maior que a de reinar. E essa glória, caros apóstolos, é vosso apanágio.

Servir ao Senhor é ser dono de seu Coração, é arrebatar-lhe pela fé; e recebe-se essa graça na medida em que se progride no espírito de fé, no desejo de ver a Deus, e só ver a ele. Aquele que está impregnado dessa luz não tem necessidade de nada. Chega um momento em que ele repousa em Deus, vendo-o por assim dizer; e então, o resto: sofrimentos, imolações, perseguições, passam a ser detalhes… ou antes, transformam-se em riquezas de um valor inestimável.

Mas onde e como Jesus Cristo nos ensina a conhecer a Deus?

Na vida íntima com ele, na oração: eis aí por que é que os ignorantes segundo o mundo sabem às vezes sobre este assunto que os sábios.

Uma simples criança, um homem ignorante, mas que sabe verdadeiramente rezar. tem conhecimentos e luzes na ordem divina que nenhum doutor pode jamais nos dar.

Lembro-me de um aldeão que encontrei em Lourdes.

Ele vem a mim:

-- Padre, foi o senhor que pregou?

-- Sim, fui eu.

-- Ah! que belas coisas o senhor nos disse: Jesus Cristo, Rei de amor, Jesus Cristo, Rei de misericórdia! Sim, é bem isso. Há vinte anos que comungo todos os dias, que todas as quintas-feiras faço a Hora Santa, e Jesus Cristo me parece sempre mais Rei de misericórdia e de amor. Há vinte anos, peço a Deus que ele faça conhecer ao mundo essas grandes coisas que o senhor pregou hoje.

Ouvis? Há vinte anos ele pedia que fosse pregado o reino do Coração de Jesus – Quem sabe se, diante de Deus, não foi esse humilde, esse pobre que começou a obra?…

Marquei um encontro com ele no hotel, de propósito para fazê-lo conversar.

Durante duas horas ele me falou com o coração transbordante. Eu ouvia emocionado, admirado; ele me dizia coisas admiráveis e cheias de uma teologia que me confundia.

Quase à meia noite, quando ele já estava para ir embora, eu queria apanhá-lo em minha rede, pois precisava a todo preço guardar por escrito, como substância para uma pregação sobre o Coração de Jesus, a dissertação desse extraordinário camponês. Disse-lhe então: Antes de nos separarmos, quer o senhor aceitar-me como seu amigo?" Então, com uma expressão tão sincera quanto ingênua e um ar um pouco protetor, ele me respondeu delicadamente:

Pois bem, sim... não tenho inconvenientes e tornar-me seu amigo!

Obrigado... mas se nós devemos ser amigos, ser-nos-á necessário de qualquer modo um laço, tanto mais que o senhor fica aqui, e eu continuarei a ser por toda parte o judeu errante… Esse laço não pode ser outra coisa senão correspondência… Escute; prometa-me que o senhor me escreverá, não digo cartas, não. Mas em grandes folhas de papel, e se o quiser, a lápis, escreva-me todas as noites tudo que lhe vier à cabeça sobre o Coração de Jesus, Rei e Deus das famílias; de um certo modo, tudo o que o senhor incidisse longamente esta noite. Eu lhe deixarei papel, envelopes preparados com o meu endereço, tudo enfim. E então, de quinze em quinze dias ou de três em três semanas, o senhor colocará no correio essa conversa escrita... Quanto a mim, eu lhe responderei por meio de cartões postais. Depois, o senhor recomeçará a conversa por escrito, longas conversas a lápis, mas sempre e tudo sobre o Rei de amor... Eis aí todo um pedido, prometa-me que o senhor me dará esse prazer; quero ainda ouvi-lo dizer essas belas coisas que tornarei a ler, a meditar. O senhor promete, não é verdade?"

Ele deu uma gargalhada e disse: “É impossível, padre, eu não sei ler nem escrever!...”.

Eu pensei a princípio que ele me enganava e insisti: “Se o senhor não sabe ler, quem então lhe ensinou todas essas coisas que acaba de dizer-me?… Quem?” Tomando nesse momento um ar sério e respeitoso, ele me disse: "Padre, o senhor diz a missa todas as manhãs; nós temos portanto ambos o mesmo Mestre. Se eu sei e o senhor não sabe, não é por culpa do Mestre, por culpa sua, padre!" E como eu ficasse boquiaberto com a maravilhosa resposta, ele pensou na sua simplicidade que eu não tinha compreendido bem. Acrescentou então esta comparação de uma beleza e de ma justeza notáveis: “Escute, padre, digamos que esta mesa é o altar... O senhor está aí desse lado e segura a sagrada hóstia entre os dedos. Quanto a a mim, estou aqui, do outro lado, à mesma distância – entre nós dois, a um passo, o Sol que é Jesus… Eu vejo e o senhor não… Oh! não é certamente por culpa do Sol, de Jesus, mas dos seus olhos!… – Contei esse fato ao grande cardial Sevin, de Lyon, que me ouviu admirado e disse-me: “Escreva essa história, querido padre, com letras de ouro; conte-a principalmente aos teólogos e aos seminaristas, pois ela é uma
página de alta teologia”.

O delicado quadro que acabo de apresentar, com o ensinamento doutrinal que dele decorre, não precisa de comentários.

Quem então conhece o Mestre? Quem? o letrado?… O sábio?… O doutor?… Nem sempre. Quem, então? O ignorante ou o doutor que se sabe aproximar-se do Sol que é Jesus, que procura, na sua intimidade, segredo que nenhum livro lhes dará… Só quem ouviu os segredos do Alto, aos pés do Mestre, através dos muros do tabernáculo, no íntimo contato de corações que a oração permite, oh! só esse, é um Verdadeiro conhecedor das coisas divinas, seja embora Um varredor de rua.

E se perguntásseis agora: “Mas como rezar para que a nossa oração tenha o poder de rasgar os véus e de fazer a luz?” Eu vos responderia sem hesitação:

Reza-se do mesmo modo que se ama!”

Como é então que uma criança fala à sua mãe? Com grandes raciocínios e frases estudadas? – Não, mas com o coração nos lábios. Uma palavra, e menos ainda, um olhar basta, quando é um amor que vai ao encontro de outro amor, quando é um coração que bate à porta de outro coração. E Jesus não quer ser, não quer ser considerado menos acessível, menos fácil de compreender, de ouvir, que uma mãe. É ele que faz as mães serem o que elas são, e todas juntas não igualam, oh não! um Jesus! Gravai, pois, em vosso coração, esta resposta, tão simples quão bem fundada: “Reza-se do mesmo modo que se ama!”

E não esqueçais, caros apóstolos, que a vossa oração, o vosso espírito de oração é o grande segredo das luzes sobrenaturais que vos são indispensáveis em vosso ministério e que não podeis haurir senão no Coração do vosso Amigo divino.

Mas também para vós, a elite, como para a multidão, oração deve ser simples, bem simples, já que ela é lei obrigatória, tanto para a criança e o camponês como para o teólogo.

Para se chegar até Deus não é indispensável escolher um sistema, um modo especial de rezar; também não é preciso penetrar num dédalo inextricável, em caminhos escuros ou perigosos como os das catacumbas; tomai sempre a linha reta, o caminho em plena luz, segui o impulso espontâneo de uma alma pr0eterna. Sim, ainda uma vez, a oração está ao alcance de todas as inteligências, do mesmo modo que o poder de amor, que é a base de toda a nossa religião. Eis por que eu tive razão de dizer:

Reza-se do mesmo modo que se ama! A vossa oração é o vosso amor!”

Dessa oração amorosa, dessa aproximação de nosso Senhor por uma fé viva, jorra ainda uma outra luz: a do conhecimento de nós mesmos. Quem se conhece verdadeiramente? Aquele que faz dois ou três exames de consciência? Nem sempre, mas aquele que vive de fé e que, vivendo de fé, vê na luz que é Jesus, no espelho de seus olhos, com uma clareza espantosa, o abismo de sua consciência. Ele aí vê as suas misérias e também as suas qualidades, aí se encontra todo inteiro, tal qual é diante de Deus. Nós temos, com efeito, defeitos, misérias, mas também qualidades. Seríamos ingratos se não os reconhecêssemos: foi ele quem no-las deu. Nós somos miséria, vasos de barro; mas ele, por uma misericórdia infinita, quis neles depositar grandes tesouros. Por que? Porque ele o quis por misericórdia.

Nos é, pois, necessária uma luz mais forte que a luz humana para que nos conheçamos verdadeiramente, sinceramente, a nós mesmos, sem orgulho e sem desalento. É a fé que nos mostra nossas misérias, nossos defeitos e nossos erros, e faz-nos encontrar para eles o remédio em Jesus Cristo. É ela também que nos faz. Conhecer os dons de Deus e o uso que deles devemos fazer para realizar os seus desígnios.

Enfim, temos necessidade da fé, para sermos apóstolos, para reconhecermos os direitos de Jesus Cristo, a sua soberania sobre nós, sobre as almas… Como cumpriríamos noa vocação, se a fé não nos em auxílio?

É a falta de fé que nos faz dizer: “Se eu tivesse saúde, se eu tivesse fortuna, se eu tivesse tempo faria muito pela glória de Deus e a salvação das almas, mas eu sou doente, sou pobre, sou ocupado…”

Como esses raciocínios revelam uma miserável unia fé pobre e titubeante!

Quando Jesus Cristo quis conquistar o mundo, por acaso escolheu, para apóstolos, sábios e ritos, pessoas de crédito, grandes segundo o mundo?

Não, ele escolheu pobres, ignorantes, desconhecidos E' com esses elementos que ele trabalha, é por pessoas dessa espécie que ele é glorificado.

Quis Deus, diz São Paulo, confundir aquilo que é, por aquilo que não é” (1 Cor 1, 18) e “convencer de loucura toda a sabedoria humana pela loucura da cruz" (1 Cor 1, 25).

Tais instrumentos o glorificam, pois vê-se bem então que não são eles que atuam e sim ele.

Acaso a conversão das almas é obra dos homens?

O mundo está cheio de bibliotecas e nessas bibliotecas existem obras notáveis… que não convertem ninguém.

A conversão das almas é obra de Deus, de sua graça.

Na nossa ignorância, atribuímos o êxito ao instrumento visível, ao pregador. Ah! sim, o pregador! O verdadeiro instrumento, sabeis quem é? – Alguma alma ignorada, ignorante, escondida, que reza, que sofre, que irradia a sua fé… Eis aí o instrumento de Deus.


O mundo, espantado por certas conversões, atribui-as à eloquência, aos argumentos de um lógico... Oh! não é isso! Assisti a uma conversão de que não posso esquecer-me.

Um simples pai de família estava à morte. Tendo voltado para Deus, de bem longe, ele fazia a sua primeira comunhão, e com ele comungavam também pela primeira vez sua mulher e seus três filhos. Num canto do quarto estava de joelhos uma humilde mulher, a cozinheira; ela chorava de emoção.

De repente ela se levanta, aproxima-se do leito do moribundo e diz-lhe entre soluços:

O senhor permite à sua velha cozinheira que o abrace nesta hora tão bela e solene?”

O doente, todo emocionado, aperta-a entre seus braços.

Então a pobre mulher, sem parar de chorar, diz: “Há vinte anos e mais que eu estou a seu serviço, mas durante esses longos anos fui alguma coisa mais que a pobre cozinheira da casa, eu quis ser a apóstola do Coração de Jesus!… Há vinte anos que eu lhe ofereço as minhas comunhões quotidianas, as minhas orações, os meus sofrimentos e sacrifícios, com um grande amor, pedindo-lhe uma só e grande graça, a de não partir para o céu antes de ter visto o céu aqui nesta casa, isto é, a vitória do Coração de Jesus. Está feito; eu estou vendo essa grande vitória; agora, Senhor, posso morrer!”

Vitória do Coração de Jesus, mas por intermédio dessa humilde mulher, que teve fé na misericórdia desse Coração adorável e que não se cansou de rezar e esperar.

Que pensais, piedosos leitores, deste "Nunc dimittis” da pobre cozinheira apóstola? Vós vedes que eu procuro impregnar-vos de uma doutrina que, sendo uma loucura, tem as claridades ofuscantes de um sol em pleno meio-dia, as claridades da fé.

No vosso caminho de apostolado, encontrareis muitas vezes diante de vós corno que uma montanha a ser deslocada. Quem fará o milagre? Quem dirá: “Retira-te ?”

Aparecem tantas dificuldades, tantos obstáculos; como dizer a essas dificuldades, a esses obstáculos: "Afastai-vos"?... Como? – Pela fé.

Tende fé naquele que disse:

Eu venci o mundo” (Jo 14, 38).

Ele o venceu e vencê-lo-eis com ele!

Tende uma grande fé, não somente nos dias de vitória – ela é fácil então – mas nos dias de aparentes derrotas, aparentes, digo, pois não há verdadeiras derrotas. A vitória está assegurada, a grande vitória do Coração de Jesus o do seu amor.

Aquele que tem fé nunca poderia ser vencido nem enganado.

Vós tendes ainda, como São Paulo, escamas sobre os olhos; que o retiro as faça cair, que todo o vosso retiro seja um ato bem vivo de fé. É preciso que ao sairdes daqui, sintais o poder do seu Coração.

De quem duvidareis?… De vós? – Mas não sois vós… dele? – Olhai para Jesus e, para frente! Que ele reine!


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FONTE: livro Jesus Rei de Amor, Pe. Mateo Crawley-Boevey, Editora Vozes, 2ª edição/1939, Cap. II-Vida de Fé, pp. 123-135 – Texto atualizado e os destaques são do original)

Um comentário:

  1. Meu Deus peço a Jesus com o seu Poder ajude o sr. José Lopes a ser síndico deste prédio Edifício Laurita coloque Ele aqui para fazer uma ótima administração colocar dinheiro em caixa saber administrar bem e zelar pelas famílias do Edifício Laurita Jesus Cristo de Nazaré Jesusquecura

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